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Falta de peças freia crescimento do mercado brasileiro de veículos leves

Mês de maio fechou com 175,3 mil emplacamentos, em expansão de 7% sobre abril, mas o avanço da média diária é menor que 2%


PEDRO KUTNEY, AB

Os resultados preliminares de vendas de veículos leves em maio sugere que a falta de peças (especialmente semicondutores) com consequentes paralisações em várias fábricas está freando o crescimento do mercado brasileiro. O mês fechou com 175,3 mil emplacamentos, de acordo com levantamento da Bright Consulting repassado a Automotive Business. O número é o segundo melhor do ano (perde para as 177 mil unidades de março), em expansão de 7% sobre abril, mas o avanço da média diária é menor que 2% (1,9%), o que revela certa acomodação dos negócios.

Com 21 dias úteis, maio registrou a maior média de 2021 até agora, com 8.349 carros e utilitários emplacados por dia, mas com avanço é muito discreto em relação aos 8.195/dia de abril, e ainda muito abaixo dos melhores meses do ano passado quando a média superou os 10 mil em novembro (10,7 mil) e dezembro (10,5 mil).

A alta foi de 210% sobre maio de 2020, quando os emplacamentos somaram apenas 56,6 mil unidades, mas a comparação fica distorcida porque no mesmo período do ano passado as medidas restritivas para conter a pandemia de coronavírus afetavam mais severamente as vendas e licenciamentos de veículos novos com o fechamento de concessionárias e Detrans, que hoje já trabalham on-line e são menos prejudicados pelo avanço da Covid-19 no País.

Pelo mesmo motivo, os 837 mil emplacamentos de veículos leves acumulados nos primeiros cinco meses de 2021 representam significativa alta de 30% sobre o mesmo período de 2020, quando o mercado desceu a volumes historicamente baixos a partir da segunda metade de março, para começar a se recuperar com mais força somente a partir do segundo semestre.

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