MÁRIO CURCIO, PARA AB

A venda de ônibus em junho ficou próxima a 1,8 mil unidades, anotando queda de 7% em relação a maio. Em todo o semestre foram 9,3 mil emplacamentos. A comparação com o mesmo período do ano passado indica alta de 18,3%, a menor recuperação de todos os segmentos – veículos leves, pesados, motos e implementos. Os números foram divulgados na sexta-feira, 2, pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários.

Embora os ônibus permaneçam como os mais afetados pela pandemia de Covid-19, a Fenabrave revisou ligeiramente para cima a projeção de vendas: em vez de 19,7 mil, a expectativa agora é por 20,1 mil unidades licenciadas, o que resultará em alta de 10,6% sobre o ano passado se a projeção se confirmar.

“A revisão na projeção de venda de ônibus ocorreu por causa de uma compra inesperada ocorrida em maio pelo programa governamental Caminho da Escola”, afirmou Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave.

Além disso, Assumpção Jr. atribui o novo número a “contratações de modelos urbanos e rodoviários” no primeiro semestre, mas ressalta que esse crescimento projetado vai ocorrer sobre uma base muito baixa, já que as vendas totais em 2020 foram de apenas 18,2 mil unidades, 33% a menos que em 2019, ainda sem os impactos da pandemia.

Além do programa Caminho da Escola, a atividade de fretamento tem ajudado a venda de ônibus pela necessidade de reduzir a quantidade de pessoas transportadas em cada veículo na tentativa de diminuir a possibilidade de contágio pelo coronavírus.