Mês de junho alcança 106,7 mil motos emplacadas

Emplacamentos somaram 517,4 mil em 6 meses; já o crescimento anual será de apenas 16,2%


MÁRIO CURCIO, PARA AB

O mês de junho foi o segundo melhor de 2021 para as motos, alcançando 106,7 mil unidades. O volume ficou apenas 3,3% abaixo de maio, que superou os 110 mil emplacamentos. No acumulado do ano foram 517,4 mil motocicletas, uma alta próxima a 50% sobre o primeiro semestre do ano passado. Os números foram divulgados na sexta-feira, 2, pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários.

Este semestre foi quase tão forte quanto a primeira metade de 2019, ainda sem os reflexos da Covid-19, quando foram emplacadas 530,1 mil motos. No entanto, as dificuldades para produção em Manaus (AM) por causa da pandemia e também por falta de peças levaram a Fenabrave a revisar ligeiramente para baixo a projeção anual.

A expectativa inicial de 1,08 milhão de unidades recuou para 1,06 milhão, ainda assim com crescimento de 16,2% sobre o ano passado, quando foram lacradas 915,5 mil motocicletas.

“O mercado de motos com cilindrada abaixo de 250 cc continua bastante aquecido, houve um ‘crescimento estrondoso’ da demanda por causa dos serviços de entrega de pequenas encomendas e de comida”, recorda o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

O executivo recorda que a espera média pelas motos mais procuradas se mantém em 40 dias. Na primeira quinzena de junho, esse prazo chegava a 120 dias para alguns modelos (leia aqui). A falta de produtos deve permanecer em parte do segundo semestre por causa das férias coletivas que ocorrem agora em julho.

Vale lembrar que o setor é bastante dependente das vendas financiadas por CDC, Crédito Direto ao Consumidor, e que a taxa atual de aprovação das propostas de financiamento está em 47%, um índice favorável ao mercado.

A CADA 100 MOTOS, 27 SÃO CG 160

No ranking por marcas, a Honda mantém a liderança com folga. A fabricante japonesa respondeu por 75,2% das motos emplacadas no primeiro semestre. Somente da linha CG 160 foram 139,7 mil unidades, o equivalente a 27% (mais de um quarto) de todas as motocicletas entregues na primeira metade do ano.

As vendas da Yamaha nesta primeira metade de 2021 alcançaram 95,6 mil motos, anotando alta de 72,3% sobre iguais meses do ano passado. A linha mais vendida da fabricante é formada pelos modelos urbanos Factor e Fazer 150 (concorrentes diretos da Honda CG), que juntos superaram as 22 mil unidades.

A BMW se consolida na terceira posição, mas com volume bem menor: 5,5 mil unidades. A fabricante alemã obteve alta acima de 40% na comparação com o primeiro semestre de 2020. O quarto posto em emplacamentos pertence à Shineray, com 5,3 mil unidades.

É provável que as vendas totais da empresa sejam maiores que as da BMW, mas boa parte da linha Shineray é formada por ciclomotores, que por lei também devem ser emplacados, mas isso nem sempre ocorre por falta de informação (ou vontade) de quem compra.

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