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Abeifa conquista três novos associados

Associação abre categoria de “veículos recreativos” com intenção de regulamentar o segmento


PEDRO KUTNEY, AB

A Abeifa, entidade que representa importadores e fabricantes de 13 marcas de automóveis, abriu este mês uma nova categoria de associação denominada “veículos recreativos”, e com isso já abriga três novos associados: CF Moto, Polaris e BRP (Bombardier Recreational Products) com a marca Cam-Am, que trabalham com quadriciclos offroad importados.

“Queremos trabalhar com as novas associadas e o governo em uma proposta de regulamentação para circulação desses veículos recreativos fora-de-estrada. É importante para o País regulamentar a atuação desses modelos para o uso por empresas e pessoas, para que sejam mais uma opção de mobilidade, principalmente em regiões com vocação turística”, endossa João Oliveira, presidente da Abeifa.

Oliveira explica que a criação da nova categoria de associadas está em linha com o objetivo da Abeifa de ampliar seu quadro para empresas ligadas à mobilidade. “Assim como os veículos recreativos aderiram à entidade, outras categorias do setor automotivo poderão se filiar, como os importadores e fabricantes fornecedores de produtos de mobilidade sustentável, pauta que o mundo terá de enfrentar daqui para frente”, diz.

Segundo a Abeifa, o impulso para essa investida das empresas veio com a pandemia de Covid-19. Nos últimos meses o segmento de quadriciclos passou por crescimento substancial em volume de vendas, impulsionado por pessoas que passaram pelo processo de isolamento social que passaram a buscar por atividades externas para lazer ou até mesmo como fonte de renda.

Fernando Alves, diretor geral da BRP no Brasil, estima que o mercado nacional de quadriciclos deve fechar 2021 com cerca de 7,5 mil unidades vendidas. “Mas o potencial é que esse volume deverá crescer de oito a dez vezes nos próximos anos”, afirma. “Temos um País imenso onde apenas 10% das estradas municipais e estaduais são pavimentadas. Esse veículos podem atender muitas dessas regiões e expandir sua utilização com a regulamentação da circulação”, completa.

Para Alves, a regulamentação desses veículos deverá incentivar essa expansão, como já acontece nos Estados Unidos e Canadá, principalmente. A ideia é que os quadriciclos comecem a ser emplacados ou adotem algum outro tipo de identificação, como um QR code. “Ainda estamos estudando qual seria a melhor forma para apresentar uma proposta ao governo, que poderá adaptar aqui legislações que já existem no exterior para esse segmento”, diz.

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