Consumidor brasileiro está aberto a contratar um serviço de assinatura de carro

De acordo com estudo encomendado à Webmotors, até 63% dos entrevistados dizem que o preço muito alto dos automóveis impedem a compra hoje


ZECA CHAVES, AB

Passado mais de um ano do início da pandemia, o consumidor brasileiro considera que é o alto preço que impede a compra de um veículo nos dias de hoje e que está aberto a contratar um serviço de assinatura de carro, além de mostrar um interesse crescente nas picapes. É o que revela a segunda edição da pesquisa encomendada pela Anfavea à Webmotors sobre o comportamento do consumidor de carros pós-pandemia, apresentada nesta quarta-feira, 14.

Os números mostram que o cenário atual é de otimismo, já que 75% indicaram intenção de adquirir um veículo ainda este ano. “Este é um retrato do que o consumidor on-line está sentido agora, no momento da compra”, explica Rafael Constantinou, diretor de marketing da Webmotors, durante a apresentação da pesquisa.

É bom lembrar que, apesar do índice alto, não chega a surpreender se considerarmos que os 4.240 entrevistados fazem parte da base de usuários do site Webmotors, formada principalmente por interessados em adquirir um automóvel. O que chama atenção, porém, é que a maioria desse público alega que o principal motivo que impede a compra de um carro atualmente são os preços muito altos. Foi o que disseram 63% dos entrevistados que ainda não possuem carro e 58% de quem já é dono de um.

ASSINATURA EM ALTA POR QUEM NÃO TEM CARRO

A pesquisa mediu ainda o interesse desse público sobre o sistema de carro por assinatura, ainda pouco conhecido no mercado brasileiro, já quase todos os programas oferecidos atualmente foram lançados apenas neste ano. Até 41% deles se mostravam abertos a experimentar o serviço no caso de quem ainda não tem carro, um índice que pode ser considerado alto se lembrarmos que os entrevistados são na maioria pessoas pesquisam preços de veículos na plataforma da Webmotors.

Essa amostra favorável pode ser dividida em duas faixas de interesse: 32% disseram que provavelmente assinariam e 9% têm certeza que optariam pelo serviço. Quando é feito o recorte por faixa etária com os jovens entre 18 e 25 anos, sobe para 15% os que certamente assinariam.

Já entre os entrevistados que possuem um automóvel, o índice é um pouco menor: 36% se mostram abertos à opção, sendo 29% que provavelmente contratariam um plano e 7% que tinham certeza.

CRESCIMENTO DAS PICAPES

A Webmotors também quis saber quais são os tipos de veículos que estavam no radar de compra dos entrevistados e, como é de se esperar, os SUVs foram os preferidos. No grupo de quem já é dono de um carro, 39% dizem que estão buscando essa configuração como sua futura, contra 29% dos sedãs.

Também fica claro que houve um grande aumento na busca por picapes dentro desse grupo. Comparando com os números da primeira edição da pesquisa, realizada no final do ano passado, percebe-se que a procura quase dobrou: saltou dos 7% na época para os atuais 13% que estão atrás de uma picape, chegando muito perto dos hatches, com 16%.

Quando a análise é feita apenas com o grupo que hoje não tem um veículo próprio, os SUVs e picapes ficam longe do pódio. Os favoritos passam a ser os hatches (36%) e sedãs (34%), muito à frente dos SUVs (20%) e picapes (6%).

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