Toyota terá no mercado brasileiro um modelo híbrido flex
Automotive Business -
CEO para a América Latina disse em entrevista que a marca vai oferecer um modelo abaixo do Corolla
REDAÇÃO AB
CEO da Toyota para a América Latina e Caribe, Masahiro Inoue confirmou que a montadora terá no mercado brasileiro um modelo híbrido flex menor e mais barato que o Corolla e o Corolla Cross. A declaração foi feita em uma entrevista para a Folha de S.Paulo.
“A Toyota, mundialmente, vai oferecer produtos eletrificados, seja híbrido, híbrido plug-in ou com célula de combustível. No Brasil teremos um carro pequeno com tecnologia híbrido flex”, disse Inoue na reportagem.
A possibilidade de a marca produzir por aqui um compacto híbrido já era comentada por fontes da indústria desde o ano passado, mas somente agora a informação foi divulgada oficialmente. Uma reportagem do site Autos Segredos revelou que esse modelo havia sido aprovado pela matriz em 2020 e que seria produzido na fábrica de Sorocaba (SP) a partir de 2024, além de garantir que será um SUV.
O texto do site garante ainda que o modelo não seria o Raize como alguns sites brasileiros afirmam, por ser muito pequeno e com construção simples, e sim um veículo baseado na plataforma TNGA-B, a mesma do Yaris e Yaris Cross europeus, para competir na faixa de mercado onde atuam hoje Chevrolet Tracker, Jeep Renegade e VW T-Cross. Existe a possibilidade até de que esse SUV siga o mesmo design do Yaris Cross.
Sobre a estratégia de eletrificação da Toyota no Brasil, o CEO da Toyota explicou na entrevista por que a marca aposta no híbridos flex em vez de adotar o caminho dos veículos 100% elétricos, como tem feito boa parte da indústria no País.
“Há a preocupação com a recarga, questão que pode estar resolvida na Califórnia ou na cidade de Xangai. Em países como o Brasil, entretanto, ainda não é possível ter uma estrutura ampla de carregamento das baterias. Por isso a aposta no híbrido flex para o mercado brasileiro”, disse Inoue. “O Brasil adotou o etanol há 40 anos, é praticamente carbono neutro, as emissões aparecem apenas na hora de produzir o combustível. Temos que aproveitar a tecnologia que já existe no país, não adianta investir muito dinheiro para produzir baterias.”
Outro ponto de interesse da Toyota para apostar nessa tecnologia é a possibilidade de exportação para outros países. “A Índia está muito interessada nessa tecnologia, mas não tem estrutura e está tentando importar, portanto há chances para o Brasil”, afirmou Inoue na entrevista. Há um mês a Índia anunciou que adotaria a tecnologia de motores flex e que já liberou a venda de etanol nos postos de combustível do país.