Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis informa que o setor vai deixar de adquirir 400 mil veículos

Crise da falta de semicondutores nas montadoras vai limitar a compra das empresas à metade de seu potencial, afirma Abla


REDAÇÃO AB

A Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis) emitiu comunicado na quinta-feira, 22, informando que o setor vai deixar de adquirir 400 mil veículos neste ano, número que corresponde à metade do potencial das empresas da categoria. A entidade estima que suas associadas devem fechar o ano contabilizando entre 380 mil e 400 mil unidades adquiridas.

Ainda segundo a direção da associação, levando-se em consideração que o valor médio dos veículos comprados pelas empresas de aluguel é de R$ 60 mil, o setor vai deixar de investir mais de R$ 22 bilhões neste ano. "A queda é impactante frente ao total de carros que o setor iria comprar, não fossem as consequências dessa pandemia", declarou Paulo Miguel Junior, presidente do conselho nacional da Abla.

A revisão dos números da associação das locadoras confirma a tendência anunciada pela Anfavea, entidade que reúne as montadoras instaladas no País, que mostrou queda de 13,4% em junho, com quase 167 mil veículos produzidos, frente aos números de maio. “É uma produção quase 70% maior que a verificada no mesmo mês do ano passado, mas é preciso lembrar que, em abril, maio e junho de 2020, passamos pelo auge das medidas de isolamento, afirmou Miguel Junior.

Mas o executivo da Abla fez questão de ressaltar que essa situação não é exclusiva do Brasil, mas de todo o mundo. Paulo Miguel Junior afirmou que a falta de insumos, principalmente de semicondutores, pode se tornar ainda mais grave. “A situação ainda pode piorar se pensarmos na concorrência com o setor de eletrônicos, que demanda ainda mais chips no segundo semestre; nossa expectativa é de que o mercado de veículos só volte à normalidade em 2022”, finalizou.

Publicidade