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Fiat confirma a paralização de um dos seus turnos no Polo Automotivo de Betim

Por falta de semicondutores, montadora está operando seu Polo Automotivo com dois turnos desde o dia 2


REDAÇÃO AB

A Fiat é mais uma das montadoras brasileiras afetadas pela falta de componentes eletrônicos para montagem de veículos. A montadora confirmou nesta terça-feira, 3, que paralisou um dos seus turnos no Polo Automotivo de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

A suspensão parcial da produção começou nesta segunda-feira, 2, e vai durar 10 dias. Os trabalhadores retornam às atividades no dia 13, quando os três turnos voltam a operar. A Fiat disse que essa paralisação foi necessária para “ajustar produção à disponibilidade de semicondutores”, mas que o impacto na produção será pequeno.

Em Betim, são fabricados os modelos Mobi, Uno, Argo, Strada, Grand Siena e Doblò. Apenas a picape Toro não será afetada, pois ela é produzida na fábrica da Jeep em Goiana, em Pernambuco, pois compartilha a mesma plataforma dos Jeep Renegade e Compass.

Apesar da paralisação de um turno, a situação da Fiat é muito melhor do que boa parte de seus concorrentes, que tiveram de suspender totalmente a produção em suas fábricas. A Renault foi o caso mais recente, que paralisou a linha de montagem em São José dos Pinhais (PR) nesta segunda-feira, 2.

A falta de componentes eletrônicos já afetou oito montadoras e 14 fábricas no Brasil, como mostrou um acompanhamento regular da consultoria Auto Forecast Solutions (AFS), dos Estados Unidos. Isso já levou a reduções ou paralisações das linhas de 41 modelos, com perdas somadas de 220 até o fim de julho. Somando todas as paradas ou cadência reduzida, a AFS estima perda equivalente a 270 dias de operações (veja lista completa das fábricas aqui).

Entre os fabricantes mais afetados pela escassez de microchips está a GM: a fábrica de São Caetano do Sul – onde são produzidos Tracker, Joy, Joy Plus e Spin – vai ficar parada por dois meses, enquanto a unidade Gravataí (RS) – onde é montado o Onix – está paralisada desde março, com previsão de retorno só no dia 16 de agosto, após um período de cinco meses e meio de suspensão.

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