Indicador de produção industrial fluminense aumenta em maio e junho

Atingindo 50,6 e 51,8 pontos, respectivamente


Utilização da capacidade instalada nas empresas está acima da média histórica e expectativa dos industriais é positiva para os próximos meses. Falta ou alto custo de matéria-prima continua sendo entrave à atividade industrial.

Após cinco meses de queda devido ao impacto da pandemia de Covid-19, o indicador de produção industrial fluminense aumentou em maio e junho, atingindo 50,6 e 51,8 pontos, respectivamente. Segundo dados divulgados pela Sondagem Industrial da Firjan no dia 06 de agosto (sexta-feira). A pesquisa varia de zero a cem pontos, sendo que os resultados acima de 50 representam aumento na comparação com o mês anterior.

O aquecimento da atividade industrial fez com que, em junho, a utilização da capacidade instalada nas empresas atingisse 65%. Esse resultado é o maior para o mês de junho desde 2013 e está acima da média histórica (64,2%) da pesquisa. Com relação à situação financeira e ao acesso ao crédito, o resultado do segundo trimestre ainda aponta dificuldade, mas de forma menos intensa do que a registrada nos três primeiros meses do ano.

— Ainda existem entraves significativos à produção, como a falta ou o alto custo da matéria-prima, além da elevada carga tributária e da baixa demanda interna, mas o avanço da imunização no estado já traz resultados positivos. Com isso, as expectativas para os próximos meses também melhoraram— ressalta Luiz Césio Caetano, vice-presidente da Firjan.

A Sondagem Industrial revela que os empresários esperam crescimento da produção, da compra de matéria-prima e das exportações nos próximos seis meses. Com isso, a expectativa relacionada ao número de empregados também ficou positiva. A intenção de investimentos cresceu e se aproxima da linha de 50 pontos.

A Firjan também destaca que o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (Icei-RJ), que analisa as condições atuais e as expectativas com relação à economia brasileira, do estado e da empresa, avançou pelo terceiro mês consecutivo e atingiu, em julho, 58,2 pontos. O resultado está acima da média histórica (51,3 pontos) e é o melhor para o mês de julho desde 2011.

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