Petrobras investe R$ 10 milhões no aprimoramento do Centro de Operações Integradas

Investimento de R$ 10 milhões viabilizou resultado


O investimento de cerca de R$ 10 milhões feito pela Petrobras no aprimoramento do Centro de Operações Integradas (COI) na Bacia de Campos — ampliou os links de transmissão de dados, além de usar aplicativos mais robustos para a transmissão desses dados, que são fundamentais para o monitoramento da produção — disse no dia 16 de agosto (segunda-feira), à Agência Brasil o gerente Setorial da companhia, Alexandre Barbosa da Silveira. O COI monitora a produção das 28 plataformas situadas na Bacia Campos, 24 horas por dia, sete dias por semana, em tempo real, reconhecendo tudo que acontece na plataforma e toda a tratativa necessária para resolução de problemas.

O sistema acompanha instantaneamente os parâmetros de produção de 190 poços de petróleo operados na Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UN-BC) e evita a parada temporária das plataformas, além de acompanhar as operações e localização dos navios-tanques e embarcações de suprimentos.

As melhorias trouxeram não só a ampliação da estrutura física, cuja área passou de 500 metros quadrados para 2 mil metros quadrados, elevando com isso o número de estações de trabalho, que subiram de 30 para 50, mas foi aumentado também o tamanho do videowall (monitores conectados em uma grande tela), onde são colocadas as aplicações que monitoram toda a parte de produção e escoamento de óleo e gás, as variáveis logísticas e de aliviadores de petróleo, monitoramento de plantas de processo. — Tudo isso a gente consegue acompanhar tanto no microcomputador do posto de trabalho, como nas grandes telas do videowall onde ficam disponíveis as informações para todos que estão na sala, no que chamamos de gestão à vista— disse Silveira.

Controle remoto — O investimento de R$ 10 milhões permitiu também que se ampliasse a quantidade de salas de controle remoto das plataformas, que foram instaladas em terra. —Ou seja, são salas munidas de equipamentos capazes de monitorar e controlar as plataformas de maneira remota, aqui de terra, de onde se pode abrir ou fechar uma válvula, ligar ou desligar uma bomba. Eu controlo, de fato, toda a plataforma aqui de terra — destacou Silveira.

No passado, havia somente quatro plataformas sendo controladas, número que hoje subiu para 11 controladas remotamente. Alexandre Silveira disse que, com isso, economizaram-se vagas a bordo e reduziu-se a exposição a risco dos operadores com esse trabalho em terra. —O ambiente é totalmente igual ao que existe a bordo offshore (no mar), e todos os acessos de rádio e interfone estão disponíveis para o operador aqui, simulando exatamente o ambiente de trabalho que ele tinha na época em que trabalhava embarcado —explicou.

Há acesso ainda a todas as imagens do sistema de vídeo da plataforma, o que permite ao operador atuar de maneira mais segura e eficiente. Para a Petrobras, a diminuição de equipe embarcada, reduzindo a exposição a risco ocupacional e mantendo o nível de qualidade e segurança, é uma das vantagens desse modelo.

Próximo passo — Segundo Silveira, outras melhorias estão sendo promovidas no COI, com inovações tecnológicas, como a adoção de sistemas de comunicação e de reuniões virtuais que estão sendo implementadas no dia a dia. Está se investindo também em segurança operacional, de modo a trazer mais robustez para as operações. Os investimentos estão sendo feitos cada vez mais em tecnologia de imagens dentro das plataformas, de modo a fazer contato e a interagir com o operador que está lá, corrigindo algum desvio eventual, assessorando e auxiliando da terra o operador, em uma intervenção dentro da plataforma.

Outro trabalho é feito com simuladores e com manutenção e criação de células de sistemas com inteligência artificial (IA), — aprendendo com nossos erros e tomando as decisões automáticas, bem mais rápidas que o ser humano, além do uso de robotização no processamento de dados, com o objetivo de tornar as operações mais seguras — acrescentou Silveira. |ABr

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