Agosto fecha com pior média de emplacamentos diários de veículos leves em 13 meses
Automotive Business -
Com fábricas paradas por falta de microchips, mês fecha abaixo de 160 mil veículos leves emplacados; média diária é a menor em 13 meses
PEDRO KUTNEY, AB (COM DADOS DA AUTOINFORME)
A falta de microchips que vem paralisando linhas de produção no País segue revertendo a recuperação que vinha sendo observada desde o fim de 2020, com aprofundamento da queda nas vendas de veículos leves zero-quilômetro em agosto. Segundo números obtidos pela Autoinforme, o mês fechou com apenas 158.468 unidades emplacadas, o que representa retração de 2,4% sobre julho e queda de 8,6% sobre agosto do ano passado, quando o mercado começou a se recuperar da quarentena provocada pela primeira onda da pandemia de coronavírus iniciada em março no Brasil.
É a segunda vez neste ano que volume mensal fica abaixo dos 160 mil emplacamentos, e só um pouco acima dos 158.237 de fevereiro, até agora o pior mês de 2021. Contudo, o desempenho de agosto pode ser considerado ainda pior, porque o mês teve mais dias úteis, 22 no total. Por isso, a média de 7.203 emplacamentos por dia útil é a menor dos últimos 13 meses.
No acumulado de oito meses de 2021 o resultado é positivo. Foram emplacados quase 1,33 milhão de automóveis e utilitários leves, volume 20,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2020, mas a base de comparação é baixa, pois no ano passado a epidemia de Covid-19 praticamente paralisou os negócios por quase três meses. Agora a crise tem menor intensidade, massa falta de semicondutores já coloca em risco as projeções que indicavam mercado de 2,2 milhões de veículos leves este ano. Se o ritmo não avançar além da casa das 160 mil unidades/mês, o volume anual ficará abaixo de 2 milhões.