Sindipeças revisa projeções sobre a produção de veículos esperada para este ano

Setor de autopeças estima aumento de 21% este ano, com 2,2 milhões de veículos até dezembro


BRUNO DE OLIVEIRA, AB

O Sindipeças revisou a projeções sobre a produção de veículos esperada para este ano. Segundo suas previsões, divulgadas na quarta-feira, 1º, durante transmissão online da Automec 360, o crescimento que no início do ano era estimado em 19%, quando comparado a 2020, passou para 21%, atingindo 2,46 milhões de unidades.

De acordo com George Rugitsky, conselheiro da entidade que reúne os fabricantes de autopeças, os fatores que levarão ao crescimento estimado para o segmento de automóveis são o aumento da porcentual de vacinados na população, disponibilidade de crédito, retomada da produção de veículos para repor estoques das concessionárias e a manutenção do investimento das montadoras no País.

Já no caso dos veículos comerciais leves, conta a favor, segundo o sindicato, a demanda interna aquecida por distribuição urbana e crescimento do segmento agrícola. No segmento de caminhões, animam as fabricantes de autopeças novas projeções do PIB, safra recorde, acesso ao crédito e projetos de renovação de frota que estariam em curso. No caso do segmento de ônibus, o programa Caminho da Escola deverá movimentar as linhas.

Rugitsky também apontou na oportunidade fatores que poderiam representar entraves ao crescimento estimado pelo Sindipeças. Em linhas gerais, afetaria todos os segmentos o já conhecido desequilíbrio no abastecimento de componentes e, mais recentemente, os temores provocados pela estiagem e possível racionamento de energia, o que afetaria as linhas de produção.

A entidade também divulgou suas projeções a respeito das vendas de veículos este ano. A expectativa é de que sejam licenciadas 2,2 milhões de unidades até dezembro, resultado que representaria alta de 11,55% sobre o volume de veículos emplacados no ano passado.

Em termos de faturamento, o Sindipeças espera que este ano as empresas associadas registrem receita de R$ 156,3 bilhões este ano, um resultado que seria 24% superior ao registrado no ano passado. O faturamento com as exportações, segundo a entidade, deverá ser de US$ 6,4 bilhões, alta de 18,8%. O número de postos de trabalho, ainda dentro das expectativas do Sindipeças, crescerá 3% sobre aquele de 2020, chegando a 240 mil funcionários.

Há também visão otimista a respeito dos investimentos realizados pelas empresas do setor. A projeção do Sindipeças estima R$ 2,1 bilhões este ano, um volume de recursos 91% maior do que aquele investido no ano passado.

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