Gerdau amplia ações e investimentos voltados para controles ambientais na usina de Divinópolis
Revista Fator Brasil -
Iniciativas contemplam reformas, aquisição de equipamentos modernos para redução de particulados no ar, e a revitalização da área verde no seu entorno
A Gerdau, maior produtora brasileira de aço, amplia suas ações na usina de Divinópolis com uma série de investimentos voltados para controles ambientais que começam a operar até o fim deste ano. Ao todo estão sendo disponibilizados mais de R$ 75 milhões em ações direcionadas à redução de emissões de particulados e poeira fugitiva na operação, o que representa um investimento recorde para a unidade, que opera há 27 anos no município. Esse montante faz parte dos R$130 milhões do aporte previsto para a unidade neste ano.
— Desde que a Gerdau começou a operar a usina de Divinópolis, em 1994, a Companhia investiu mais de R$ 1,6 bilhões em iniciativas que contemplam os setores de meio ambiente, administrativo, segurança pessoal e segurança operacional. Uma média de R$ 60 milhões por ano, somente na unidade. Nos últimos anos ampliamos os estudos internos para levantamento de melhorias, buscamos dentro e fora do Brasil novas formas de controle de particulados, com exemplos que pudessem ser aplicados à nossa usina, indo além do que já é exigido pela legislação atual, até chegarmos à essa série de investimentos que serão realizados. São intervenções que contribuem significativamente para a redução nas emissões de poeira e particulados fugitivos na atmosfera, trazendo um resultado positivo já a curto prazo para as comunidades vizinhas, mas sem deixar de pensar no futuro e os benefícios a longo prazo — ressalta Mauro de Castro, gerente executivo da usina da Gerdau em Divinópolis.
Alguns dos investimentos já estão em fase de instalação e teste, como é o caso de sete aspersores que ficarão no pátio da unidade, em áreas onde há fluxo de caminhões para carregamento e manuseio de matérias-primas usadas nos processos da usina. — Os aspersores são como grandes pulverizadores de água que formam uma cortina de vapor d’água que ajuda a umedecer as partículas de poeira para que elas não subam para a atmosfera e afetem o entorno. Com o período do ano mais seco, essa dispersão da poeira acaba ficando ainda mais visível, por isso o investimento já está sendo testado para iniciar plenamente no mês de agosto — completa o gerente executivo. A água utilizada nos equipamentos é resultado de um processo de reutilização e tratamento que ocorre dentro da própria unidade.
Outro importante investimento foi direcionado para um equipamento que faz o despoeiramento na área dos altos fornos 1 e 2. Trata-se de um tipo de “filtro gigante”, que está sendo instalado em todas as áreas onde ocorrem a mistura de matérias-primas que serão levadas aos altos fornos, para sugar a poeira fugitiva desses processos. Com o novo equipamento, a Gerdau prevê reduzir significativamente as emissões. Um investimento de R$ 53 milhões que já está em andamento com previsão para pleno funcionamento no primeiro semestre de 2023.
— Além dos investimentos citados, há um projeto de enclausuramento das correias de abastecimento de todos os altos fornos da usina, que também possui viés ambiental positivo. Ele contempla um tapamento de 100% da estrutura de abastecimento do equipamento, eliminando a emissão de particulados nessas áreas e melhorando consideravelmente a qualidade do ar da comunidade ao redor. As obras deste investimento terão início ainda este ano — ressalta Mauro.
Cinturão Verde — As áreas verdes que cercam a usina, também estão nos planos de investimentos da empresa, começando este ano e indo até 2024. Ao todo, a unidade possui uma área verde de 38 hectares, o que corresponde a 38 campos de futebol. Para a gerente de saúde, segurança e meio ambiente da Gerdau, Ana Paula Silva Ferreira, a revitalização da vegetação, que envolve os limites da usina, irá contribuir ainda mais para controlar a dispersão das partículas de poeira na região. — O projeto tem duração de três anos e foi elaborado de acordo com um diagnóstico aprofundado das áreas verdes. Serão priorizados para este ano os setores que precisam de uma intervenção imediata, onde a vegetação superior, que chamamos de dossel, já está consolidada, mas a vegetação de até 2,5 metros precisa ser reforçada. É o caso de um muro verde que será instalado próximo à aciaria, fazendo um fechamento visual natural e que trará beleza para a comunidade, em função das espécies escolhidas — explica a gerente.
Após os investimentos, será mantida uma rotina de longo prazo para monitoramento e manutenção das espécies.
Sustentabilidade — A usina da Gerdau em Divinópolis tem entre seus diferenciais sustentáveis o baixo índice de emissões de CO2 na atmosfera, ficando perto de zero, com 0,18t CO2/t de aço, em função do processo produtivo utilizar carvão vegetal e sucata ferrosa, que é reciclada. Hoje a Gerdau é a maior recicladora deste tipo de material nas Américas.
Destaca-se ainda o índice de reaproveitamento de água na unidade, que é de 98%, e o reaproveitamento de seus coprodutos. — Das 466 mil toneladas de coprodutos geradas pela Gerdau em 2020, foram reaproveitados 96%, por meio dos nossos clientes que recebem todo o material que pode ser utilizado em outros processos produtivos, alinhado ao conceito de economia circular— conclui Mauro Castro. Além disso, a Gerdau tem desenvolvido programa de educação ambiental em conjunto com as comunidades da região.
A usina da Gerdau em Divinópolis — A Gerdau está presente em Divinópolis desde 1994 com uma usina integrada que reúne os processos de alto-forno, aciaria e laminação. A unidade gera na região mais de 920 empregos diretos e indiretos e tem como principal produto o vergalhão usado na construção civil. Desde sua fundação, em 1994, a usina já realizou diversos investimentos nas áreas de segurança, segurança operacional, administrativo e meio ambiente, chegando em 2021 a soma de R$ 1,6 bi. Dentro do eixo ambiental, que integra o DNA estratégico da Companhia em todo o mundo, a usina de Divinópolis se destaca pelos índices positivos de reaproveitamento de água (98%), reaproveitamento de coprodutos de mineração (96%), pontos de monitoramento ambiental dentro e fora da unidade e investimentos constantes em novos equipamentos e boas práticas.