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Volkswagen apresenta o carro-conceito ID.Life durante a abertura do Salão de Munique

Uma das maiores atrações do Salão de Munique, o ID.Life tem visual retrô, usa materiais reciclados e estreia em 2025 custando € 20 mil


Já que o futuro do automóvel é elétrico, nada mais natural que a montadora que almeja ser a número 1 do mundo faça um carro que tem a missão de se tornar um dos mais baratos e populares da sua categoria. Com isso em mente, a Volkswagen apresentou nesta segunda-feira, 6, o carro-conceito ID.Life durante a abertura do Salão de Munique à imprensa.

O modelo é um dos maiores destaques do evento que substituiu o Salão de Frankfurt, também chamado de IAA Mobility. A VW espera que a versão de produção do ID.Life seja lançada em 2025 custando a partir dos € 20 mil (R$ 125,5 mil), pensando em atender as massas e também um público mais jovem.

Para o CEO da Volkswagen, Ralf Brandstaetter, o ID.Life é a visão da marca da próxima geração de mobilidade urbana totalmente elétrica. “Isso significa que estamos tornando a mobilidade elétrica acessível a ainda mais pessoas", disse o executivo durante a abertura do Salão de Munique.

O carro será produzido na plataforma exclusivamente elétrica MEB (Modular Electrification Toolkit) e terá um porte semelhante ao de um Polo, com um entre-eixos de 2,5 metros, que é 27 cm menor que o atual ID.3 – por isso ele deve ser batizado como ID.1.

Apesar do tamanho compacto, o ID.Life esbanja potência: seu motor elétrico de 234 cavalos é mais potente do que o de um Jetta GLi (230 cv) e é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos, de acordo com a VW. Para alimentar essa cavalaria, o conceito recebeu uma bateria de 57 kWh, que garante autonomia oficial de 400 km.

Ao contrário do estilo futurista do ID.3 e do restante da família dos elétricos da VW, o visual do ID.Life segue uma linha mais retrô, como já vimos em outros conceitos elétricos apresentados recentemente, como Honda E, Renault 5, e o novo Fiat 500e, todo inspirados em antigos modelos urbanos e compactos.

A sustentabilidade foi um dos focos do desenvolvimento deste conceito, construído com materiais reciclados. O capô e teto removível, por exemplo, são produzidos com plástico que veio de garrafas PET e os revestimentos de tecido dos bancos foram feitos a partir de camisetas velhas.

A economia no uso de materiais também está presente no interior, que não tem a tradicional central multimídia tão comum nos lançamentos modernos. Há pouquíssimos botões ou comandos na cabine, já que a interação do motorista com o veículo é feita pelo volante, que tem uma pequena tela sensível ao toque, e pelo celular ou tablet acoplado no painel por meio de um ímã.

A preocupação ambiental também se manifesta na recorrente utilização de materiais naturais ou reaproveitados, como borracha de serigueira, cascas de arroz e até restos de madeira para servirem como corante da pintura.

Por se tratar de um carro-conceito, o ID.Life recebeu um console de videogame, um projetor e uma tela retrátil de 34 polegadas para exibir filmes, mostrando as possibilidades de um projeto como esse.

"O carro do futuro envolve um estilo de vida e expressão pessoal. O cliente de amanhã não vai querer simplesmente ir de A para B: ele estará muito mais interessado nas experiências que um carro pode oferecer", disse Brandstaetter.
 

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