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Venda de automóveis e comerciais leves usados em agosto somou 1,07 milhão de unidades

Paralisações nas fábricas aquecem ainda mais o segmento de veículos leves seminovos, que anotam alta próxima a 50% no ano


A venda de automóveis e comerciais leves usados em agosto somou 1,07 milhão de unidades, o maior volume de 2021. Esse total significa que a cada zero-quilômetro emplacado no mês foram negociados outros 6,8 usados. É a maior proporção entre usados e novos no segmento de veículos leves desde que a Fenabrave (que reúne as associações de concessionários) começou a divulgar os dados referentes aos modelos de segunda mão, em 2004. As seguidas paralisações nas montadoras durante todo o ano aqueceram o mercado de usados.

“A baixa disponibilidade de veículos novos segue como grande desafio do setor e os usados surgem como alternativa para suprir esse mercado”, afirma o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

A entidade informa ainda que a oferta de crédito também ajuda o setor. No acumulado do ano foram negociados 7,58 milhões de automóveis e comerciais leves usados. Esse volume é 48,8% maior que o negociado em iguais meses de 2020.

Caminhões crescem no mesmo ritmo

Durante agosto foram negociados 37,7 mil caminhões usados, com uma pequena queda de 1,8% na comparação com julho. A cada modelo novo emplacado, três usados mudaram de mão. É a menor proporção do ano, resultado da produção crescente de caminhões novos. De janeiro a agosto foram 273,9 mil unidades usadas, 48,6% a mais pela comparação interanual.

Ônibus embalam em agosto

O levantamento da Fenabrave informa que agosto também foi o melhor mês para os ônibus usados, com 4,3 mil transações. Para cada zero-quilômetro entregue foram vendidos 2,7 usados, o maior índice de 2021. No acumulado do ano, os 27,2 mil ônibus de segunda mão negociados indicam alta de 38,3%. Como comparação, a venda de modelos novos cresceu apenas 8,2% no período.

2,2 milhões de motos negociadas no acumulado

O mês de agosto também foi o melhor de 2021 para as motos, com 304,1 mil unidades negociadas e leve alta de 0,5% sobre julho. A cada motocicleta nova emplacada, três usadas trocaram de dono. A maior taxa de usadas versus novas neste ano ocorreu em fevereiro (4,6) por causa da queda da produção no mês anterior.

De janeiro a agosto houve 2,2 milhões de motos usadas trocando de mãos, 46,1% a mais que no mesmo período do ano passado. O mercado de motos usadas também se vale de baixa oferta de novas. As fábricas alegam dificuldade de manter o distanciamento adequado entre os trabalhadores nas linhas de montagem.

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