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Consumidores gostariam de ter carros elétricos e híbridos à disposição para compra no país

Levantamento da KPMG aponta que brasileiros também têm interesse em veículos por assinatura e em conectividade


No Brasil, ainda são poucos os modelos de carros elétricos, mas se dependesse dos consumidores a oferta seria muito maior. Segundo a pesquisa SAE Mobilidade 2021, realizada pela consultoria KPMG em parceria com a SAE Brasil, com o apoio da Anfavea, 89,7% dos respondentes gostariam de ter carros elétricos e híbridos à disposição para compra no país. O levantamento foi realizado com consumidores e com executivos do setor automotivo.

Nos próximos cinco anos, 73% dos consumidores têm interesse em adquirir veículos elétricos híbridos (HEV), enquanto 54% se interessam por híbridos plug-in (PHEV), 50% carros com motor de combustão interna (ICE) e 43% por veículos a bateria (BEV). 

As respostas reforçam a tendência da mobilidade elétrica, observada pela pesquisa desde 2019.

É evidente o desejo do consumidor por veículos elétricos e híbridos, mas o que dificulta é o custo. Já temos vários modelos no nicho premium, mas qualquer tentativa de trazer um modelo mais popular vai esbarrar no custo”, afirma o sócio líder para indústria automotiva da KPMG, Ricardo Bacellar.

Para o executivo, uma solução que pode ser estudada pelo mercado é ofertar veículos elétricos e híbridos em serviços de assinatura. “Pode ser uma entrada porque diminuiu a percepção de custo de aquisição e ajuda a atingir um volume significativo de vendas, o que poderia viabilizar e facilitar a produção local.”

Novos modelos de negócios e tecnologias
Os consumidores também estão abertos a experimentar novos conceitos de mobilidade. O interesse pelo serviço de carro por assinatura, ao invés de compra, financiamento ou locação, desperta o interesse de 53% dos respondentes. Quase 30% afirmam não conhecer o serviço e 16% não têm interesse.

Nos últimos meses, diversas montadoras como Audi, Caoa, Fiat, Jeep, Nissan, Renault, Volkswagen e Toyota se lançaram nesse mercado (leia aqui). O serviço é como a Netflix dos veículos: o cliente assina um plano mensal pelo período de um a três anos, a depender da marca, e pode usufruir do carro e todas as suas facilidades sem se preocupar com IPVA, seguro e manutenção.

O potencial a ser explorado é bastante significativo se considerar que esse modelo reduz o custo de aquisição e posse, que se mostram importantes para o consumidor”, aponta Bacellar. “A estratégia para veículos por assinatura não precisa ficar confinada só a modelos zero quilômetro, incluir usados pode abrir uma oportunidade para novos programas de fidelidade, criando um novo ciclo de vendas de veículos no Brasil.

Os brasileiros também estão interessados na experiência do carro para além de dirigir. Segundo a pesquisa, 42% concordam plentamente uma eventual parceria entre montadoras de veículos e empresas de operadores de celular para oferta de um pacote de serviços de conectividade, 14,4% se dizem indiferentes e apenas 5,5% discordam totalmente.

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