Karl Deppen substituirá Hartmut Schick no comando da Daimler Trucks na Ásia

Daimler deslocará o executivo para o comando da operação de caminhões na Ásia


Será curta a passagem de Karl Deppen, atual presidente da Mercedes-Benz no Brasil e CEO para a América Latina, na operação regional da montadora. Na quinta-feira, 16, a companhia informou que a partir de 1º de dezembro o executivo substituirá Hartmut Schick no comando da Daimler Trucks na Ásia. Schick se aposentará no fim do ano e também deixará para Deppen seu assento no conselho de administração na Alemanha como responsável pelas operações asiáticas da companhia.

Deppen assumiu a presidência local da Mercedes em julho do ano passado, substituindo Philipp Schiemmer. De acordo com a companhia, pesou na decisão de promover o executivo ao comando da operação asiática de caminhões o fato de ele já ter ampla experiência naquele mercado. Há alguns anos, Deppen foi responsável no Japão pela área de compras da Mitsubishi Fuso, uma subsidiária da Daimler. Também foi CFO na Daimler Great China.

“Com sua valiosa combinação de experiência e conhecimento, Karl Deppen é exatamente a pessoa certa para nosso negócio de veículos comerciais na Ásia”, disse em comunicado Martin Daum, presidente do conselho de administração da Daimler Truck AG. De acordo com a montadora, o sucessor de Karl Deppen na América Latina será anunciado em breve, já que o executivo deve deixar o País até o fim deste mês.

Hartmut Schick ingressou na Daimler em 1986, após formar-se em engenharia mecânica. Em 1997, ele foi encarregado pelo desenvolvimento da fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora (MG), no Brasil, como chefe de produção e logística. Desde 2018 era responsável pelos negócios da Daimler Truck na Ásia.

Karl Deppen desembarcou no País em um dos momentos mais críticos da história, considerando a pandemia de Covid-19 e seus efeitos nas fabricantes de veículos instaladas aqui. Apesar dos desafios o executivo garantiu os investimentos programados para a região e executou planejamento de redução de custos e equilíbrio de fluxo de caixa.

A operação deu resultados. A montadora conseguiu superar as adversidades impostas pela pandemia e terminou 2020 na liderança de vendas no País de caminhões pelo quinto ano consecutivo e de ônibus há 64 anos seguidos. As entregas de seus veículos de carga caíram 4% em relação a 2019, bem menos do que a retração média do setor de 12%, e sua participação no segmento aumentou significativamente para além dos 30%.

O Brasil chegou a retomar o posto de maior mercado do mundo para os caminhões da marca, superando a Alemanha, e seguiu no topo em chassis de ônibus. Para 2021, a expectativa era de crescimento em ambos os segmentos e o objetivo traçado pela companhia trata de dar sustentação ao cenário conquistado, dentro da perspectiva de expansão de 15% do mercado de caminhões e de 13% no de ônibus.

“Ninguém esperava começar aqui no pico da pandemia. Estamos ajustando a empresa aos desafios do momento, mas seguimos comprometidos com os investimentos de R$ 2,4 bilhões até 2022, que já incluem o lançamento de novos produtos como o novo Actros, além da modernização da fábrica de São Bernardo com a introdução de linhas de manufatura 4.0”, disse o executivo à época.

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