Bracell inicia operações em sua mais nova fábrica

Localizada no interior de São Paulo, a nova planta reúne o que há de moderno e inovador para alcançar os mais altos níveis de sustentabilidade nos processo


A Bracell acaba de iniciar as operações de sua nova fábrica, o Projeto Star, com a produção da primeira folha de celulose, estágio inicial da curva de aprendizagem da planta. O startup viabilizou o ambicioso projeto de expansão da companhia em São Paulo, que irá diversificar e aumentar a produção da unidade para 1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel ou até 3 milhões de toneladas de celulose kraft por ano. Com o início das operações, a empresa passa a ser a maior produtora de celulose solúvel do mundo.

“A Bracell tem orgulho de ser pioneira na construção de uma fábrica de celulose de nova geração, que fornecerá produtos flexíveis e biodegradáveis usando a mais avançada tecnologia. Temos a maior caldeira de recuperação do mundo e o primeiro gaseificador de biomassa em operação no setor de Papel e Celulose na América do Sul. Estes e outros investimentos com foco em desenvolvimento sustentável e economia circular refletem a nossa preocupação com o clima, com a comunidade e com o país”, explica Per Lindblom, vice-presidente Executivo da Bracell.

A nova fábrica foi construída com duas linhas que operam de forma flexível. Nos próximos dois anos, o planejamento da produção será realizado em etapas, com foco na estabilidade operacional dos dois produtos. Após este período, as linhas serão utilizadas para a produção de celulose solúvel ou celulose Kraft, de acordo com as demandas da companhia.

A Bracell faz parte do grupo RGE, que gerencia empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. Neste contexto, parte significativa da produção de celulose solúvel da nova fábrica será consumida internamente a fim de atender aos planos de crescimento do grupo. Em relação à celulose Kraft, parte da produção será destinada à expansão da fábrica de papel e cartão da RGE na China. O excedente será comercializado para clientes internacionais, em especial da Europa e dos Estados Unidos.

Com a expansão concluída, a operação deve empregar de forma permanente cerca de 6.650 trabalhadores, diretos e terceirizados, nas atividades industriais, florestais e de logística. Em todo o processo de construção e para a operação, a Bracell priorizou a contratação de mão de obra local.

Indústria Sustentável
As tecnologias aplicadas no Projeto Star impressionam, principalmente em relação aos investimentos para reduzir os impactos ambientais e tornar a produção ainda mais sustentável. Com a maior e mais limpa Caldeira de Recuperação do mundo, a fábrica terá o maior gaseificador de biomassa da América para dar suporte à operação do forno de cal. Além disso, a planta de gaseificação usará biomassa 100% renovável como matéria-prima para a produção de biogás. Em relação ao eucalipto, principal matéria-prima da Bracell, as árvores são cultivadas em áreas que antes eram ocupadas por pastagens ou estavam degradadas, o que ajuda a absorver o dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o clima.

Outro grande foco da Bracell é a geração e distribuição de energia elétrica limpa para as operações da planta. Como o processo de produção de celulose gera subprodutos que podem ser reaproveitados, a companhia tomou a decisão estratégica de investir em equipamentos de última geração e em alta tecnologia nos seus ciclos de processos. A Bracell construiu uma nova subestação de 440kV conectada à rede de transmissão com tecnologia GIS (Gás Insuflado). A capacidade instalada é de 420 MW, movidos por três turbogeradores que são suficientes para atender a demanda da fábrica e permitir a exportação para a rede SIN (Sistema Interligado Nacional) de cerca de 150 MW a 180 MW excedentes de energia de fontes renováveis, sem emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), capazes de atender 750.000 residências ou cerca de três milhões de pessoas.

Escoamento da produção
A logística de transporte da celulose produzida na nova fábrica inclui caminhões, trens e navios. O primeiro ciclo da carga será feito por caminhão entre Lençóis Paulista e um terminal intermodal na cidade de Pederneiras. Quando a planta estiver em pleno funcionamento, serão utilizados em média 150 veículos por dia para completar o percurso. A carga será transportada por ferrovia do terminal de Pederneiras até o porto de Santos, cerca de 510 quilômetros, que deverão ser percorridos em cinco dias de ida e volta. O transporte será feito por 463 vagões adquiridos pela Bracell.

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