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JAC Motors apresenta oficialmente o E-JS1

Primeiro projeto feito com a VW, subcompacto de R$ 149.900 tem autonomia de até 300 km


A JAC Motors apresentou oficialmente na última quarta-feira, 15, o E-JS1. Além de ser o carro elétrico mais barato do Brasil, o pequenino chinês chama atenção por outro motivo: ele é o primeiro projeto da joint-venture firmada com a Volkswagen a desembarcar por aqui.

Por R$ 149.900, o E-JS1 traz um motor elétrico de 62 cv e torque instantâneo de 15,3 kgfm. Parece pouco, mas basta lembrar que o badalado VW Up TSI entrega 16,8 kgfm.

Espertinho no trânsito
Durante nosso breve test-drive, realizado entre as cidades de São Paulo e São Bernardo do Campo, o E-JS1 agradou pela agilidade. Mesmo não sendo potente, o torque instantâneo garante respostas prontas e um comportamento adequado até para as rodovias. A velocidade máxima, porém, é limitada a 110 km/h para poupar a carga das baterias.

Na prática, o subcompacto chinês agrada pelo desempenho com números adequados à proposta urbana do projeto, que teve supervisão direta dos alemães em todas as etapas do desenvolvimento.

Essa interferência, aliás, parece ter feito muito bem à JAC na calibragem da suspensão. O pequenino elétrico absorve as irregularidades do piso com muita competência e a estabilidade evoluiu consideravelmente em relação aos projetos pré-VW.

Estilo irreverente
Não é difícil achar semelhanças entre E-JS1 e o VW Up! no design, especialmente em ângulos como a dianteira.

Entretanto, a base do projeto foi o antigo J2, que chegou a ser vendido por aqui entre 2012 e 2017, e, especialmente, o iEV20, que ainda é oferecido no nosso País. 

O design simpático é reforçado por uma paleta vibrante de cores, incluindo rosa, dois tons de azul e um amarelo que parece verde para alguns.

Na cabine, o acabamento é simples, mas os plásticos são de qualidade superior aos antigos populares da JAC. Destaque para os apliques coloridos que não necessariamente seguem a cor da carroceria, mas dão um toque de irreverência ao interior. O console central possui dois andares, sendo que a parte de baixo concentra duas entradas USB, tomada de 12 volts e alguns porta-objetos.

Há espaço razoável para um carro com menos de 3,60 metros de comprimento. Mas quem viaja no banco de trás não pode ter mais de 1,70 metro – caso contrário os joelhos ficarão bem apertados. O ideal é viajar apenas com duas pessoas a bordo e aproveitar o banco traseiro para acomodar as bagagens. Até porque o porta-malas também está longe de ser grande: são apenas 121 litros, menos até do que no Fiat Mobi.

Surpreende a boa lista de itens de série. Há freio de estacionamento elétrico, carregador de celular por indução, câmera de ré e painel digital. A tela da central multimídia é 10,25 polegadas e tem boa resolução, mas a unidade avaliada trazia todos os menus em mandarim. Sorte que havia o Google Tradutor para salvar o dia.

Foi graças à ferramenta que descobrimos os três níveis de intensidade do sistema de frenagem regenerativa. Dependendo do modo selecionado, o motorista consegue dirigir apenas com um pedal, já que o sistema se encarrega de frear o veículo assim que o acelerador deixa de ser pressionado.

Um detalhe curioso está nas alavancas de câmbio e das luzes de seta, que são exatamente as mesmas de vários modelos mais antigos da Mercedes-Benz.

E a autonomia?
De acordo com a JAC, o E-JS1 pode rodar até 300 km (no ciclo NEDC) sem recarregar as baterias. A fabricante estima um tempo de cinco horas em uma estação de 220 V (7,4 kWh). O tempo cai para apenas 40 minutos nos carregadores rápidos de 380 V, que ainda são raríssimos no país.

Assim como o veículo, as baterias do E-JS1 possuem cinco anos de garantia. O presidente do grupo SHC, Sergio Habib, estima que a bateria perde 25% de sua capacidade de carga apenas depois de 4 mil recargas, o que seriam suficientes para rodar de 800 mil a 1 milhão de quilômetros.

Por ser importado da China, o modelo desembarca com um padrão de tomada diferente do utilizado por aqui. É por isso que a JAC oferece o E-JS1 com um adaptador para o padrão europeu, presente na maioria dos postos de recarga espalhados pelo país.

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