Em junho, a Renault havia anunciado a criação da ElectriCity, um ecossistema de fábricas de elétricos no norte da França, nas cidades de Douai, Maubeuge e Ruitz. Agora, a montadora anuncia que a planta de Douai, que recebeu um investimento de 550 milhões de euros para a reforma, está pronta. O plano é produzir 40 mil veículos elétricos por ano a partir de 2025.

A principal função da fábrica reformada será produzir os novos veículos Mégane E-Tech Electric, programados para sair em 2022 e que serão fabricados exclusivamente nessa planta. O modelo foi recentemente exibido durante o Salão de Munique, chamado de IAA Mobility. Além dele, o Renault 5 Electric também será fabricado lá.

Foram instalados novos robôs e ampliada a automação do setor de carroceria, onde diferentes modelos podem ser montados na mesma linha, que se adapta ao seu tamanho – grande ou pequeno. O setor de pintura também foi reorganizado, com um novo banho de cataforese, novos robôs para aplicação de mástique selante e uma nova linha de acabamento.

Outro investimento foi na ergonomia. Os postos de trabalho foram reorganizados, modificados e modernizados, permitindo obter melhor ergonomia e qualidade da produção. Plataformas movimentam os carros pela linha para evitar que os operadores tenham que se deslocar. Já as linhas de produção são ergonômicas e se adaptam à altura de cada colaborador, aos postos de trabalho e às restrições de montagem. 

Mas as novidades na fábrica não vão parar por aí. Por meio de uma parceria com a Envision AESC, a Renault pretende instalar uma gigafactory de baterias na planta de Douai, permitindo que as baterias dos futuros modelos elétricos sejam feitas a menos de 50 metros de distância. A estratégia permite uma série de vantagens, como um baixo nível de emissão de CO2 no transporte, a otimização dos custos fixos e a rápida resposta à demanda dos clientes. Com investimento de 2 bilhões de euros, a fábrica terá uma capacidade de 9 GWh até 2024 e 43 GWh até 2030.

Recentemente, a Renault anunciou que pretende que 65% de suas vendas na Europa sejam de elétricos até 2025, incluindo híbridos, e de 90% até 2030, já sem contar os híbridos.