Firjan contribui com o avanço do desenvolvimento da geração eólica offshore

Na websérie ‘Novas Energia’ da Firjan


A Firjan, visando contribuir com o debate para avançar no desenvolvimento da geração eólica offshore e estimular a cadeia produtiva de equipamentos, realizou a Websérie Novas Energias, no dia 21 de setembro (terça-feira) que discutiu a necessidade de regulação desses investimentos. Existem atualmente cinco projetos de empreendimentos em fazendas eólicas offshore no estado do Rio, que podem alcançar a capacidade instalada de mais de 15 GW.

Para contribuir com o debate, o modelo holandês foi apresentado pelo cônsul-geral adjunto Niels Veenis, chefe do Setor de Energia Brasil do Consulado dos Países Baixos no Rio de Janeiro. —O segredo da expansão é diminuir o risco do negócio para o empreendedor. Por isso, nosso governo faz os estudos técnicos, ambientais, o planejamento espacial e garante a compra de energia —explicou Veenis.

A regulamentação holandesa tem dez etapas, começando com o planejamento. A construção da ligação das turbinas à rede elétrica fica por conta do governo. Até agora, as empresas recebiam um subsídio para investir nessa nova fonte de energia. — Nos próximos leilões, esperamos receber recursos pela concessão. Temos um roadmap 2030 que prevê a geração de mais 11,5 GW de energia eólica offshore no país, o que equivale a aumentar dez vezes o total já instalado — acrescentou o cônsul-geral adjunto.

Daniel Vieira, assessor da Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), considerou o evento produtivo e importante para a regulação da energia eólica no Brasil e disse que vai estudar como aproveitar o modelo holandês na realidade brasileira. Segundo ele, a Aneel vai colocar sua agenda regulatória para consulta pública em breve, incluindo a situação das eólicas.

—Será preciso que governo, instituições e mercado discutam o melhor caminho. A Aneel está estudando o pedido de autorização de três usinas eólicas offshore no país, mas aguarda a definição da regulação para despachar —contou. Vieira indicou questões regulatórias relevantes: a área de instalação, os prazos de concessão, a capacidade e o custo da conexão com a rede de energia e o acompanhamento e implantação do projeto.

Já Raphael Moura, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), explicou que a modalidade eólica offshore está no centro do projeto de transição energética. —É um olhar de futuro. A resolução da ANP, que trata da vida útil e do descomissionamento das unidades de produção de petróleo, prevê a reutilização dos espaços para energia eólica, entre outros usos—.

Segundo Moura, as grandes petroleiras estão direcionando recursos para pesquisa de novas fontes e muitas que atuam no Brasil, como Equinor e Shell, têm apresentado projetos de descarbonização e aumento de produção de energia através de eólica offshore. O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) acredita na possibilidade de um programa que estimule a indústria eólica para facilitar a sinergia entre pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), além de qualificação de mão de obra, serviços esses que são ofertados Firjan SENAI.

— Este momento de crise mostra a importância da diversidade da matriz para a segurança energética. O que nos falta é consolidar o regulatório para que o mercado de eólica offshore se desenvolva e possa se integrar ao óleo e gás no setor elétrico. Temos centros de excelência em pesquisa e experiência industrial metalmecânica —concluiu Tatiana Lauria, especialista em Energia da Firjan, que mediou o encontro ao lado de Fernando Montera, coordenador de Relacionamento Petróleo, Gás e Naval da federação.

. Mais sobre a Websérie Novas Energias no endereço: https://youtu.be/eRkzGToQaSc .

Publicidade