A Volkswagen voltará com quadro completo no setor de produção da unidade de Taubaté (SP) no próxima dia 13, quarta-feira. Voltariam à fábrica esta semana o grupo de 800 funcionários que estão em férias coletivas desde 27 de setembro, mas a empresa decidiu conceder a eles e aos 2,4 mil funcionários que permaneceram nas linhas o shut-down, que é uma espécie de folga descontada do banco de horas.

Foi a terceira vez que a montadora concedeu férias coletivas neste ano. Em 6 de agosto, 800 funcionários entraram em férias por dez dias e retornaram no dia 16. Antes disso, em 7 de junho também foram concedidas férias. O mesmo aconteceu em 12 de julho. A suspensão das atividades ocorreu por falta de semicondutores nas linhas que produzem os compactos Volkswagen Gol e Voyage.

Voltam também em 13 de outubro os funcionários da VW Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Naquela unidade 3 mil trabalhadores estavam em férias coletivas desde 27 de setembro com retorno previsto para ocorrer na quinta-feira, 7. No entanto, de acordo com o sindicato dos metalúrgicos do ABC, a montadora também promoveu o shut-down na fábrica.

Afora a concessão de férias e pausas para o quadro de funcionários, as montadoras também estão recorrendo a outras medidas produtivas em função da crise dos chips. A Volkswagen optou por retirar do Fox e das versões de entrada do Polo, do Virtus e do Nivus a central multimídia que os equipavam desde seus lançamentos como forma de reduzir o uso de chips.

Essa medida tem sido aplicada em certa escala por outras montadoras no País e no exterior que estão sofrendo com a falta do componente eletrônico no mercado. Em casos mais extremos, e também visando o longo prazo, há casos de montadoras que cogitam desenvolver seus próprios semicondutores, como planeja a General Motors na China.