As exportações de veículos cresceram 34% de janeiro a setembro, na comparação com o volume embarcado em igual período no ano passado, que foi fortemente afetado pela pandemia. O balanço da Anfavea, divulgado na quarta-feira, 6, mostrou que as montadoras exportaram 276,9 mil unidades no acumulado do ano.

Apenas em setembro, no entanto, o volume de veículos exportado foi inferior ao registrado em setembro de 2020. As 23,6 mil unidades exportadas no mês representaram queda de 22,5% ante o resultado em igual período no ano passado. Na comparação com o volume embarcado em agosto, a queda foi de 20%.

De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, os principais destinos dos veículos produzidos no País, em termos de volumes, são Chile, Colômbia, Peru. “A recuperação está boa nesses países, com crescimento relevante puxado pelo avanço da vacinação”, contou o representante da entidade.

As exportações de automóveis no janeiro-setembro somaram 219,4 mil unidades, alta de 33% sobre o resultado dos nove meses de 2020. Os embarques de comerciais leves somaram 38 mil unidades, alta de 23,7%. As exportações de caminhões chegaram a 16,6 mil unidades, crescimento de 91,5%. As exportações de chassis de ônibus cresceram 1,2%, somando 2,8 mil unidades.

Em termos de valores, as exportações injetaram nas montadoras US$ 5,5 bilhões até setembro, recurso 49% superior àquele registrado no acumulado dos nove meses de 2020. Apenas em setembro o faturamento com as exportações foi de US$ 634,6 milhões.

A Anfavea revisou suas projeções a respeito das exportações para o ano. A projeção anterior indicava 389 mil unidades até dezembro. Agora, diante do quadro de instabilidade no abastecimento de componentes, as projeções da entidade indicam de 356 a 377 mil unidades, que representariam respectivamente 10% e 16% de crescimento sobre o volume exportado no ano passado.