Bosch anuncia investimentos de € 400 milhões em 2022
Automotive Business -
Aporte será usado para expandir produção na Alemanha e construir centro de testes na Ásia
A Bosch anunciou que vai investir € 400 milhões em 2022 para expandir a produção de semicondutores nas suas fábrica de Dresden e Reutlingen, na Alemanha, e na construção de um novo centro de testes para esses componentes em Penang, na Malásia, segundo informou a empresa na sexta-feira, 29.
O investimento vem em um momento em que a indústria automotiva viu sua produção encolher por falta de semicondutores. Segundo estudos da consultoria AutoForecast Solutions, cerca de 9,74 milhões de veículos deixaram de ser produzidos desde o início do ano devido à escassez de chips.
“As demandas por semicondutores crescem em uma velocidade vertiginosa. Por conta dos desenvolvimentos recentes, estamos expandindo exponencialmente a nossa produção de semicondutores para atender os nossos clientes da melhor forma”, disse Volkmar Denner, CEO global da Bosch.
Maior fornecedor mundial para montadoras, a Bosch afirmou que a maior parte desse aporte irá para a fábrica de Dresden, que foi inaugurada em junho após consumir um investimento de cerca de € 1 bilhão.
“Cerca de € 50 milhões também serão destinados à expansão da fábrica de Reutlingen, próximo a Stuttgart e, ao todo, € 150 milhões em novas salas limpas (clean-rooms) para procedimentos industriais entre 2021 e 2023”, informou a companhia.
Não foi divulgado o investimento no centro de testes de Penang, que deverá ser inaugurado em 2023, inicialmente com uma área total de 14 mil metros quadrados, incluindo salas limpas, escritórios, áreas de P&D e treinamentos para mais de 400 funcionários.
“Nosso objetivo é aumentar a produção de chips em Dresden antes do planejado e, ao mesmo tempo, expandir a capacidade de salas limpas em Reutlingen. Todo chip adicional produzido irá ajudar na situação atual”, declarou Harald Kroeger, membro da direção mundial da Bosch.
Na semana passada, o vice-presidente da Bosch China, Jiang Jian, já havia dado um panorama da situação recente da crise dos semicondutores na indústria automotiva. Ele comentou que os fabricantes de microchips só conseguiram atender a cerca de 20% dos pedidos feitos em julho e, apesar da melhoria da situação em agosto, mais de 50% da demanda ainda não havia sido entregue.