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Toyota superar as dificuldades financeiras impostas pela crise dos chips

Resultados globais do trimestre vão na contramão da concorrência, que apresentou forte queda nos ganhos


A Toyota pode ainda estar enfrentando restrições na sua produção global devido à escassez de semicondutores, mas a montadora parece ter encontrado os meios para superar as dificuldades financeiras impostas pela crise dos chips, como revela o balanço do seu segundo trimestre fiscal, divulgado na quinta-feira, 4.

A montadora registrou um aumento de 48% no lucro operacional comparado ao mesmo período de 2020. O valor subiu de 506 bilhões de ienes (US$ 4,53 bilhões) do ano anterior para os 749,9 bilhões de ienes (US$ 6,72 bilhões) no segundo trimestre fiscal de 2021, que se encerrou em 30 de setembro – o ano fiscal da marca termina em março.  

O diretor financeiro Kenta Kon explicou que algumas medidas combinadas contribuíram para a Toyota alcançar números tão favoráveis. Entre elas está um controle de custos muito agressivo aliado ao melhor gerenciamento de estoque, o que resultou em um lucro maior apesar da redução na produção. 

Recorde no trimestre

Como havia uma baixa oferta de veículos e uma alta demanda no mercado, foi possível economizar também ao diminuir os níveis de incentivos e os custos de marketing.

Outro fator que pesou nessa receita foram as taxas de câmbio mais favoráveis, que impulsionaram o valor de seus ganhos em dólares quando convertidos para o iene japonês.

"O volume de produção diminuiu globalmente, mas nossos fornecedores, fábricas e revendedores fizeram grandes esforços para fornecer o maior número possível de carros. Porém, em comparação ao nível anterior, embora exista algum risco de queda na produção, ela vai se recuperar um pouco", disse Kon.

Lucros de GM, VW e Ford caíram

Diante desse cenário positivo, a empresa aproveitou para elevar suas previsões de lucro para o ano inteiro para níveis próximos do recorde histórico, ao mesmo tempo que reduziu a estimativa do total de vendas.

O lucro líquido também apresentou uma melhoria impressionante ao subir 33%, alcançando a marca de 626,6 bilhões de ienes (US$ 5,61 bilhões), o que representa um recorde para o segundo trimestre fiscal da empresa. 

No campo da receita, houve um aumento de 11,4%, chegando a 7,55 trilhões de ienes (US$ 67,6 bilhões), mesmo com as vendas globais caindo 0,5%, para 2,51 milhões de unidades.

Esses números revelam um ambiente muito mais positivo na montadora japonesa do que na maioria das suas concorrentes, que apresentaram queda no terceiro trimestre deste ano, período equivalente ao segundo trimestre fiscal da Toyota. GM apresentou queda de 40% nos lucros, enquanto tivemos uma redução de 24% na Ford e de 12% na Volkswagen.

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