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Produção de motos em outubro soma 108,4 mil unidades

Resultado é o melhor para o período em seis anos e leva fabricantes a ajustar para cima suas projeções


Mário Curcio, para AB

A produção de motos em outubro somou 108,4 mil unidades, resultando em ligeira queda de 0,4% na comparação com setembro, que teve um dia útil a mais. O acumulado do ano superou 1 milhão de unidades fabricadas em Manaus (AM), 1.004.983 para ser exato. Esse total indica alta de 28,1% sobre iguais meses de 2020.

Mais do que isso, foi o melhor resultado de janeiro a outubro desde 2015 e mostra que em dez meses a produção nacional se aproximou do número alcançado em todo o ano de 2019, antes da chegada da pandemia, quando o País fabricou 1,1 milhão de unidades. 

Os dados foram divulgados na quarta-feira, 17, pela Abraciclo, entidade que reúne os fabricantes instalados no Amazonas. Em todo o ano de 2021, somente os meses de janeiro, fevereiro e julho tiveram produções abaixo de 100 mil motocicletas.

“Os números seriam ainda melhores se não tivéssemos tido um primeiro bimestre tão difícil devido à segunda onda da pandemia do coronavírus que atingiu a cidade de Manaus”, recorda o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

Em apresentação dos resultados do setor, a Abraciclo fez pequenos ajustes para cima em suas projeções. Agora a entidade estima a produção de 1.223.000 motos em Manaus, 3 mil a mais que na estimativa divulgada em agosto. Se isso se concretizar, o crescimento sobre 2020 será de 27,1%. 

Repasse às concessionárias cresceu 26,2%

No mês de outubro foram faturadas para as concessionárias 107,1 mil motos, indicando alta de 1,6% sobre setembro. O pequeno aumento reflete a recuperação da produção da Yamaha, afetada em setembro pela falta de peças importadas. No acumulado até outubro as fábricas já venderam para suas concessionárias 955,1 mil motos. Esse total é 26,2% mais alto pela comparação com iguais meses de 2020, superando inclusive as entregas realizadas em todo o ano passado (932,6 mil).

Exportação anual chegará a 55 mil unidades

As exportações em outubro somaram 4,2 mil motos, o que resultou em queda de 14,2% na comparação com setembro. No acumulado do ano foram enviadas ao mercado externo 46,9 mil motocicletas, 79,8% a mais pela comparação janeiro-outubro de 2020.

Nestes dez meses a Argentina comprou do Brasil 13,4 mil motos, o equivalente a 28% do total exportado. Para a Colômbia foram enviadas 10,6 mil motos (22% dos embarques) e para os Estados Unidos, 10,5 mil (21,9%).

Pelo ajustes que fez em suas projeções, a Abraciclo estima agora 55 mil unidades, não mais 51 mil, o que resultará em alta de 62,7% sobre 2020. O número será melhor também que o alcançado em 2019 (38,6 mil motos).

Emplacamento de scooters cresce quase 50%

Em outubro foram emplacadas 97 mil motos, resultando em queda de 10,9% na comparação com setembro. O décimo mês de 2021 foi afetado pelo menor número de dias úteis e pelo desabastecimento das concessionárias Yamaha. 

Já o acumulado do ano teve 938,5 mil motos emplacadas, superando o mesmo período do ano passado em 29%. Pelos novos números da Abraciclo, o mercado interno deve absorver  1.144.000 motos, 4 mil a mais que na projeção anterior, o que resultará em alta de 25% sobre o ano passado. A associação destaca que o segmento dos scooters foi o que mais cresceu em 2021, com 88,3 mil emplacamentos e alta de 46,9%. 

Ainda de acordo com a entidade, a maior parte dos compradores desses modelos procura um veículo mais fácil de pilotar, ágil no trânsito e econômico. “Essa praticidade vem conquistando o consumidor brasileiro”, conclui Fermanian.

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