Geração de energia fotovoltaica distribuída no país deve crescer de 4,4 para 8,3 gigawatts em 2021
Assessoria de Imprensa -
Alternativa sustentável tem ajudado a driblar os sucessivos aumentos na conta de energia, tanto no campo como na cidade
Proprietário de dois aviários em Guairaça, no Noroeste do Paraná, Hercules Edemir Cestaro instalou no primeiro semestre de 2021 painéis para a produção de energia solar em sua área rural. A principal motivação para a mudança foi a economia. “Normalmente, viria uma fatura [de energia] de mais ou menos R$ 7 mil. Agora não chega a R$ 500”, conta Cestaro, que ainda observa uma forte tendência pela mudança. “Aqui na região o pessoal está fazendo. Nos barracões há muito consumo de energia”.
O aumento na procura por financiamento para aquisição de equipamentos de energia solar tem sido registrado pelo Sicredi. A carteira de crédito da instituição financeira cooperativa para essa modalidade já ultrapassa os R$ 3,5 bilhões, crescimento de mais 110% em um ano. Em 12 meses, a instituição financeira cooperativa registrou uma alta de 143% no número de associados atendidos com produtos de energia solar. Para associados Pessoa Física Agro o número de operações cresceu 165% em agosto de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. Somente no estado do Paraná, o Sicredi registrou, até agosto de 2021, a liberação de mais de R$ 256 milhões para energia solar, em mais de 5,3 mil operações, com um ticket médio de R$ 48 mil.
“O Sicredi tem como um dos diferenciais o relacionamento próximo com o associado e um atendimento consultivo para oferecer soluções adequadas a cada necessidade. A energia solar tem se mostrado uma alternativa viável para muitas pessoas tanto pela sustentabilidade quanto pela economia gerada”, comenta o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Gilson Nogueira Farias.
Alternativas que cabem no orçamento
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração de energia fotovoltaica distribuída no país deve crescer de 4,4 para 8,3 gigawatts em 2021. O associado do Sicredi Luiz Jabur fez as contas e verificou que valia a pena investir no financiamento para a compra dos equipamentos com objetivo de baixar o custo da energia na sua residência no Paraná. “Como financiei uma parte do capital, basicamente o que pago hoje, entre energia e financiamento, é o que pagaria de energia. Vale a pena. Tanto que estou querendo colocar na minha empresa agora e, certamente, a gente vai reforçar a parceria com o Sicredi para o financiamento”, afirma.
Captação histórica
Em 2021, visando atender a crescente demanda por crédito destinado à instalação de sistemas de energia fotovoltaica, o Sicredi firmou acordo de parceria para captação com a International Finance Corporation (IFC), membro do grupo Banco Mundial, e estimular projetos de energia solar. A linha de crédito internacional é de US$ 120 milhões (cerca de R$ 600 milhões) e tem como foco financiar projetos de energia solar dos associados da instituição em todo o Brasil. A operação foi a primeira realizada por uma instituição financeira cooperativa brasileira e que recebeu certificação emitida pela Climate Bonds Initiative (CBI).
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