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John Deere mostra seu primeiro trator autônomo

Fabricante de equipamentos agrícolas promete início das vendas ainda neste ano


Entre carros elétricos, celulares e outros aparelhos eletrônicos, um lançamento destoa dos demais produtos apresentados na CES 2022, a maior feira de tecnologia do mundo, realizada em Las Vegas (EUA). A John Deere mostrou seu primeiro trator autônomo, que permite ao agricultor controlar a máquina à distância pelo celular.

Produzido sobre a base de um modelo 8R, o novo trator é equipado com seis pares de câmeras que permitem a detecção de obstáculos em 360 ??graus ao redor da máquina e o cálculo exato da distância em relação aos obstáculos.

Fruto de 20 anos de desenvolvimento da fabricante americana em Inteligência Artificial (IA), seu sistema eletrônico permite analisar as imagens e detectar os objetos em apenas 100 milissegundos. 

Assim, o trator pode decidir se deve continuar se movendo ou parar e chamar seu dono. Além disso, ainda é capaz de diferenciar quais são as plantas que pertencem à safra e aquelas que são consideradas pragas e podem ser esmagadas, evitando assim danificar a plantação.

O agricultor nem precisa monitorar o veículo de dentro da cabine, como acontece com a maioria dos tratores autônomos disponíveis hoje. Basta programar a rota com antecedência, que é tão precisa que faz o equipamento se manter no caminho com um erro de menos de 1 polegada (2,5 centímetros).

Por um aplicativo no celular, o agricultor acompanha em tempo real o trabalho que a máquina está executando. É possível saber quanto do campo já foi arado, quanto ainda falta e qual é o nível do tanque de combustível.

Com todos esses recursos, é possível aumentar a produtividade da colheita de maneira expressiva porque o 8R autônomo pode trabalhar 24 horas por dias, mesmo em condições de baixa visibilidade, como noite, chuva ou neblina.

A John Deere não esconde que tem planos ousados para esse modelo, que deve chegar ao mercado no final de 2022. “Nosso trator autônomo serve a um propósito específico: alimentar o mundo”, diz a empresa. “Espera-se que a população global cresça de cerca de 8 bilhões para quase 10 bilhões de pessoas até 2050, aumentando a demanda global de alimentos em 50%. Além disso, os agricultores devem alimentar essa população crescente com menos terra disponível e mão de obra qualificada, e trabalhar com as variáveis ??inerentes à agricultura, como mudanças nas condições meteorológicas e no clima, variações na qualidade do solo e presença de ervas daninhas e pragas.”

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