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Lwart é a única rerrefinadora da América Latina a produzir óleo básico de alta performance

Empresa cresce com base na economia circular


Paulo Braga

Neste artigo avaliamos a diferença entre a economia linear e a economia circular, com base nas atividades da Lwart Soluções Ambientais, que reaproveita os óleos lubrificantes usados e contaminados (OLUC), transformando-os em óleos de alta performance.

A Lwart Soluções Ambientais, com sede e fábrica em Lençóis Paulista e 45 mil clientes no País, chega a mais de 3,3 mil municípios brasileiros para coletar 200 milhões de litros de óleo lubrificante usado ao ano. Trata-se da única rerrefinadora da América Latina a produzir óleo básico de alta performance, com zero geração de resíduos. 

Mesmo com o impacto da pandemia, a empresa elevou seu market share no segmento, respondendo por 31% de participação no mercado nacional de coleta de óleo lubrificante usado. A empresa também aumentou para 9,2% o suprimento de óleo básico do Grupo II (de alta performance), alcançando o índice de 49% de participação no setor.

“Mesmo com a redução de geração de óleo lubrificante usado e contaminado pelo mercado interno devido a` pandemia, a Lwart manteve o atendimento normal aos clientes de óleo básico, devido aos estoques reguladores existentes e às medidas aplicadas para garantir a coleta de OLUC, resultando em um índice de satisfação do cliente de óleo básico de 99,10%”, afirma Aylla Kipper, gerente de relações institucionais e sustentabilidade da Lwart Soluções Ambientais.

Toda a atividade desenvolvida pela Lwart demonstra o compromisso da empresa com a chamada economia circular, que propõe o uso das matérias-primas até o seu esgotamento, no ponto em que não puderem mais ser transformadas, reutilizadas ou recicladas. Assim, segundo a FIA, esse material estará sendo útil para a humanidade, sem recorrer ao descarte precoce ou sem qualquer cuidado. Na economia linear, ao contrário, o bem é descartado mesmo que ainda sirva para outros indivíduos, possa ser adaptado ou reciclado. Predominante nos últimos séculos, o pensamento linear está por trás de muitos dos problemas ambientais que enfrentamos hoje.

“Aqui nada se perde, tudo se transforma”, diz Aylla Kipper. “Os resíduos são fonte de enorme valor dentro da economia circular”, afirma, explicando que a Lwart oferece soluções completas para coletar, destinar e transformar resíduos pós-consumo, além de óleo lubrificantes, desenvolvendo projetos pilotos para terceiros.

Um único litro de OLUC é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água, segundo a Ambioluc, entidade que representa o setor. Além disso, para cada 10 litros de OLUC queimados são gerados 20 gramas de metais pesados, de acordo com dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A legislação brasileira determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado para a reciclagem, por meio do rerrefino, e proibe taxativamente o uso do resíduo como combustível ou a queima para quaisquer fins.

“Em 2020, atingimos zero geração de resíduos no processo de rerrefino, ampliamos nossa atividade na coleta de óleo lubrificante usado e no fornecimento de óleo mineral básico do Grupo II, além de enviarmos resíduos perigosos para o coprocessamento. Esse avanço, junto aos programas de governança e projetos sociais, contribuiu para estabelecer a cultura ESG na Lwart”, pontua Aylla.

Segundo ela, a companhia possui o compromisso de fechar os ciclos dos resíduos po´s-consumo. “Priorizamos as destinações para tecnologias como coprocessamento e reciclagem. Todos os resíduos são gerenciados conforme legislação aplicável, recebendo a destinação ambientalmente correta”, esclarece.

Na Lwart o óleo lubrificante usado é coletado e passa pelo processo de rerrefino, tornando-se matéria-prima para novos lubrificantes, dentro de altos padrões de qualidade, iguais ou superiores ao produto de primeiro refino. O óleo é enviado aos produtores de lubrificantes e volta ao mercado em forma de produtos industriais, agrícolas, automotivos e elétricos.

Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial já alertavam para uma produção média de 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), que deverá chegar a 2,2 bilhões de toneladas em 2024. Mantendo esse ritmo, em 2050 haverá 9 bilhões de pessoas na Terra, gerando 4 bilhões de toneladas de lixo urbano todo ano. Aylla reconhece que esses dados são alarmantes, mas assegura que a economia circular tem potencial para evitar um desastre. “A economia circular tem o potencial de reverter danos ambientais, como a poluição dos rios e do solo, o aquecimento global e a derrubada de florestas”, afirma.

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