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Empresas do setor automotivo passaram a olhar mais para diversidade, governança e temas ambientais

Durante #ABPlan, executivas apontaram importância de engajar toda a cadeia produtiva no tema


A agenda de ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa) ganhou força no mundo corporativo nos últimos anos. No setor automotivo, empresas passaram a olhar mais para diversidade, governança e temas ambientais – desde a descarbonização do setor até a mobilidade elétrica – mas ainda há muito pela frente. Pensando nisso, o #ABPlan – Planejamento Automotiva 2022 debateu caminhos e soluções para colocar em prática essa agenda. O evento, realizado por Automotive Business, aconteceu no dia 27 de abril, on-line.

Participaram do painel a vice-presidente de relações públicas, comunicação e ESG da General Motors, Marina Willisch e a diretora de comunicação e sustentabilidade da Toyota, Viviane Mansi.

“O ESG não pode contribuir só para a empresa, de ser só imagem e reputação, o resultado do nosso negócio tem que interessar para a empresa, para sua cadeia de valor direto, mas também para a sociedade”, disse Viviane.

A executiva citou um exemplo de como o ponto de vista ESG pode impactar a abordagem das empresas e do setor automotivo. “Se pensamos no incentivo fiscal para uma determinada tecnologia que vai beneficiar a sociedade, é válido. Mas isso não pode ser por um longo prazo e beneficiar mais uma empresa do que a sociedade.”  

Na Toyota, o envolvimento das lideranças é importante para consolidar a agenda ESG. “A área de sustentabilidade é a responsável pela governança, mas temos o compromisso ESG compartilhado com as outras diretorias, os gestores têm metas atreladas a ESG. E o resultado disso tem sido muito bacana.”

Para Marina Willisch, é essencial que toda a organização esteja comprometida com a pauta:

 “Todos os tópicos de ESG precisam ser transversais na corporação. Em toda decisão que se toma dentro da empresa, a agenda ESG tem de ser levada em consideração. Seja na contratação de pessoas, gestão da empresa, ou qualquer iniciativa.”

Ela ressalta ainda que é importante começar dentro das montadoras e depois engajar todo o setor automotivo. “A rede de concessionários e fornecedores também precisam agir dentro desses pilares para que o impacto realmente aconteça”, afirmou a vice-presidente de relações públicas da GM. “As grandes empresas têm obrigação de prestar contas, e dentro disso mostrar suas práticas em ESG, mas startups e empresas menores podem ser até mais eficientes quando também têm esse propósito.”

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