Descobertas de petróleo no pré-sal abrem novas oportunidades exploratórias
Revista Fator Brasil -
As descobertas são fruto da intensificação do esforço exploratório da Petrobras, que programou investir US$ 5,5 bilhões nesse segmento
As recentes descobertas de petróleo no pré-sal, nas áreas de Alto de Cabo Frio Central e Aram, abrem um horizonte de novas oportunidades exploratórias para o Brasil. As descobertas são fruto da intensificação do esforço exploratório da Petrobras, que programou investir US$ 5,5 bilhões nesse segmento nos próximos cinco anos. A afirmação é do gerente-executivo de Estratégia da Petrobras, Eduardo Bordieri, que apresentou o painel “Petrobras perspectives on O&G double resilience” durante o Annual Breakfast Offshore da Brazil-Texas Chamber of Commerce (Bratecc), em 04 de maio (quarta-feira), evento paralelo à Offshore Technology Conference (OTC), em Houston (EUA).
Do total de investimentos programados pelo Plano Estratégico da Petrobras em novas fronteiras exploratórias, as Bacias de Sudeste (incluindo os prospectos do pré-sal) receberão 58% dos recursos; a Margem Equatorial, 38%, e as demais áreas, 2%. —Todos os investimentos da Petrobras buscam a dupla resiliência: tanto econômica (considerando projetos viáveis do ponto de vista financeiro com o preço do Brent a US$ 35 no longo prazo) quanto ambiental (projetos com baixa emissão de carbono) —sintetizou Bordieri.
Redução do tempo de construção de poços —Outro destaque da palestra foi a redução expressiva no tempo construção de poços no pré-sal, com a manutenção de segurança operacional. Entre 2018 e 2021, a companhia reduziu esse prazo de 100 dias para menos de 70 dias, em média. A projeção da Petrobras é intensificar esses esforços e alcançar, até 2024, redução de 14% nesse prazo -— com a contribuição de seu programa de eficiência em perfuração e completação, além da utilização de novos modelos de configuração de poços, mais rápidos e otimizados.
—Toda redução de tempo de construção de poços é sinônimo de preservação de segurança operacional, redução de custos associada à geração de valor. Para se ter ideia, a atividade de poços responde por cerca de 30% dos investimentos na área de Exploração e Produção. Por isso, perseguimos os melhores resultados nessa atividade, preservando a segurança e otimizando a configuração de poços, da forma mais rápida e eficiente possível, sempre de acordo com as melhores práticas de segurança da indústria —afirmou Bordieri.
Visão de futuro —A Petrobras colocará em produção 15 navios-plataforma, do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo, na sigla em inglês), nos próximos cinco anos. Desse total, dez serão instalados no pré-sal e cinco no pós-sal. Segundo Bordieri, a companhia já colocou em operação um total de 32 FPSOs ao longo de sua história mais recente, um recorde na indústria do petróleo. —Hoje a Petrobras é líder na operação de FPSOs no mundo e é a empresa que instalará o maior número de plataformas desse tipo nos próximos cinco anos, gerando valor para os nossos públicos de interesse — concluiu ele.