Filtros na irrigação viram solução sustentável que potencializa até o aumento da produção

O uso de filtros potencializam soluções sustentáveis na irrigação para aumentar até a produção.


O uso de filtros potencializam soluções sustentáveis na irrigação para aumentar até a produção. “A aplicação de filtros reduz custos com fertilizantes, prevê melhorias na qualidade do solo e diminui o impacto ambiental de pontos críticos da água residuária nos recursos hídricos. É uma atividade altamente sustentável que permite verticalizar a produção nas fazendas” – afirma Kaio Kauê Marteli Marques, especialista agronômico em quimicação do setor de engenharia da Valmont. 

E complementa: “Hoje, a importância dos filtros na irrigação via pivô central está em reaproveitar recursos e manter o sistema com a melhor eficiência possível, permitindo o uso dos recursos naturais de modo mais consciente e sustentável.”

Os principais filtros usados para irrigação são os filtros de disco, tela e areia. Eles ficam no ponto de entrada da água para proteger o sistema de irrigação. Esses filtros, incluindo o hidrociclone, também evitam ou reduzem entupimentos dos emissores e aumentam a vida útil do sistema, podendo ser aplicados em conjunto. Por conta dos pequenos orifícios de gotejamento, a filtragem é imprescindível.

Na verdade, os filtros tornaram-se essenciais e indispensáveis em todos os métodos de irrigação: localizada, por aspersão ou pivô central. Nos modelos existentes, a limpeza pode ser feita automática, semi-automática ou manual. A função de cada um deles é a mesma: remover matéria orgânica e qualquer outro tipo de sólido em suspensão que estiver na água a ser aplicada na irrigação.

Sistema e água

Os filtros evitam que partículas sólidas penetrem no sistema de irrigação. “Além de entupirem emissores, estas partículas podem aumentar a perda de carga, acrescer a potência consumida da bomba e, com isso, ocorrer perda de eficiência” – explica Wellington Propheti, especialista de produtos da Netafim Brasil.

Os filtros na irrigação evitam:

• Sólidos em suspensão; 

• Entupimento e desgaste dos aspersores;

• Entupimento de gotejadores;

• Precipitados de fertirrigação na tubulação;

• Encrostamento da tubulação;

• Desgaste da parte aérea; 

• Redução da uniformidade de aplicação.

Fontes: Valmont e Biosementes.

Fontes causadoras de entupimentos: 

Química: precipitação de cálcio e ferro;

• Física: partículas de solo, restos de plásticos e de pequenos animais;

• Biológica: presença de algas e mucilagem bacteriana. A mucilagem microbiológica contém sólidos suspensos, protozoários e vermes. 

Para prevenir entupimentos, é importante sempre inspecionar o sistema de irrigação e a qualidade da água. No tratamento, deverão ser verificados sólidos em suspensão, composição química da água e atividade microbiológica. 

Fonte: Agroclique.

Equipamentos em dia

A filtragem mantém em dia a tubulação, que está recebendo uma água filtrada, reduz entupimentos dos gotejadores e diminui precipitados da fertirrigação na tubulação etc. “Com a filtragem, os equipamentos de irrigação duram mais tempo e têm mais produtividade, o que evita a corrosão e a abrasão de diferentes acessórios que compõem o sistema” – enfatiza Bento S. de Brito Junior, vendedor da Biosementes.

“Um sistema de irrigação sem filtragem não protege os emissores contra entupimentos, reduzindo sua vida útil drasticamente. O problema se acentua quanto menores forem os orifícios de saída dos emissores aplicados no projeto” – especifica Propheti, da Netafim Brasil. 

A pré-filtragem é uma prática que ajuda muito os filtros no desempenho do seu papel. “Submeter a água captada à decantação e realizar a sucção flutuante. Utilizando a pré-filtragem, a água enviada ao sistema terá menos sólidos em suspensão” – comenta.

Dois cases de clientes citados pela Valmont:

Case 1: 

Para a água com altos níveis de folhas, na safra de milho, foi instalado filtro de tela em pivô que diminuiu, segundo estimativas da fazenda, 3,5 horas de desentupimento por noite irrigada, antes feita por um funcionário.

Case 2: 

Pelo mapa da colheita, os drenos entupidos reduziram 13 sacos de soja por hectare. A área afetada foi de 11,2 hectares em pivô de 145 hectares. O impacto da perda foi de R$ 26.212,96 na soja, que produziu menos. Na época, a compra e a instalação do sistema de filtragem ficaram orçadas em R$ 14.900,00.

Filtros na irrigação

Os principais filtros aplicados em irrigação são os filtros de disco, tela e areia, que têm a mesma função: remover matéria orgânica e sólidos em suspensão. Além de partículas, os filtros de disco retêm impurezas minerais que podem atravessar os filtros de areia ou podem vir dos adubos usados na fertirrigação.

Os filtros de discos manuais são indicados para pequenos projetos. Exigem mão de obra para fazer a manutenção periódica, que é desmontar o filtro para limpar seu elemento filtrante de discos.

Os filtros de tela retêm partículas em suspensão, porém são considerados filtros secundários, dispostos no final da saída da fertirrigação. 

Os filtros de tela semi-automático são voltados também a projetos menores. Sua manutenção consiste em girar a manivela do filtro para limpeza de seu elemento filtrante de tela.

Os filtros de areia são bem eficientes para remover matéria orgânica e inorgânica. Eles são compostos de tanques ou reservatórios cilíndricos metálicos ou de poliéster recobertos no seu interior por uma capa anticorrosiva.

Os filtros de tela, discos e areia com limpeza automática, próprios para médios e grandes projetos, dispensam a presença frequente de pessoal para limpar seus elementos filtrantes.

Pivôs centrais

A aplicação de filtros é feita em captações diretas, nos rios e em córregos. “A grande presença de matéria orgânica, peixes pequenos e sólidos suspensos entopem aspersores, causam danos econômicos e provocam maiores riscos. A mudança do ponto de captação e a dificuldade operacional para desentupir os aspersores requerem e viabilizam a instalação do filtro” – aponta Marques, da Valmont.

Para irrigação localizada, por causa do risco de entupimento, a montagem dos sistemas de filtragem é mais complexa. “Em pivôs centrais, os filtros de tela são os mais aplicados devido ao tamanho dos sólidos, à vazão alta suportada pelo filtro e à retrolavagem automática e programável” – diz Marques. A Valley não comercializa filtros, mas utiliza recomendação de marcas presentes no mercado.

Os filtros de tela impedem a entrada de sólidos na parte aérea do pivô central para evitar entupimentos dos aspersores com folhas, pedaços de animais aquáticos e gravetos. “O entupimento começa de trás para a frente, causando ‘anéis’ de subirrigação que geram perdas de produtividade e risco de entrada de doenças. Se não for desentupida, a ‘frente de entupimento’ continuará a aumentar o número de aspersores sem funcionar corretamente” – explica Marques. 

Existem também os filtros de separação de sólidos para aplicações específicas, com particulados inertes, como, por exemplo, a água residuária de confinamento. “Além dos dejetos, há grande volume de areia. Os sólidos de água residuária podem ser muito abrasivos, caso da areia, o que diminui a vida útil do equipamento” – menciona. 

Plugados

Ao serem ligados no pivô central, os filtros para irrigação absorvem todo o pacote tecnológico de automação. “A integração com as plataformas Valley propicia monitorar todo o sistema em tempo real. Porém, a Valmont ainda visa maiores aplicações, para permitir que o pivô central seja uma plataforma tecnológica e operacional independente” – projeta Marques.

No mercado, existem ferramentas/plugs que conectam filtros e aplicativos para o acionamento remoto. “Os filtros automáticos operam sem interrupções e a filtragem e a limpeza do sistema ficam garantidas, aumentando sua vida útil. Os custos operacionais são mantidos em um nível baixo e é evitada uma perda de produção. Entretanto, seu custo de aquisição é alto” – afirma Brito Junior, da Biosementes.

Os filtros com retrolavagem automática possuem controladores para limpeza do meio filtrante pela leitura da diferença de pressão de entrada e saída da água ou intervalo de tempo, o que ocorrer primeiro. 

Alguns filtros têm controladores mais modernos conectados à Internet. “Esses modelos tornam possível acionar remoto a retrolavagem dos filtros. Além disso, consegue-se realizar as leituras em tempo real de pressão de entrada e de saída, diferencial de pressão e gráficos com informações relevantes de sua operação” – diz Propheti, da Netafim Brasil. 
 

Ver referências bibliográficas em nosso site: www.meiofiltrante.com.br/Edicoes

Contato das empresas
Biosementes:
www.biosementes.com.br
Netafim Brasil: www.netafim.com.br
Valmont: www.valmont.com 

Publicidade