O movimento ESG tem refletido de maneira positiva em uma série de negócios, e um deles é a produção de equipamentos de compósitos em PRFV (Plástico Reforçado com Fibras de Vidro). Para a fabricante de tanques e equipamentos de PRFV Tecniplas, por exemplo, a demanda por lavadores de gases (scrubbers) subiu mais de 150% nos últimos dois anos, calcula Luiz Gustavo Rossi, diretor comercial.

“As empresas buscam minimizar os impactos ambientais de suas operações e, ao mesmo tempo, aumentar o reaproveitamento dos insumos adotados em diferentes processos industriais. Também há vários projetos relacionados à utilização do gás purificado na geração de energia limpa. Em todos esses cenários, a melhor alternativa, a mais durável e com a menor pegada de carbono é a baseada na utilização de lavadores de gases de PRFV”, ele afirma.

Equipamentos complexos e, em regra, de grandes dimensões, os lavadores de gases exigem uma atuação mais abrangente dos setores de engenharia dos seus fabricantes. “É nesse ponto que nos diferenciamos, pois contamos com engenheiros e técnicos que somam muitas décadas de experiência na área”.

Os lavadores de gases da Tecniplas podem ser fabricados inteiramente em PRFV ou em duolaminado, ou seja, a parte externa em PRFV e a interna (liner ou barreira química) em termoplástico. “A decisão sobre qual tipo depende das concentrações de elementos químicos no gás a ser purificado, ou mesmo no fluido que fará a lavagem do gás”, explica.

Presentes em indústrias químicas, fábricas de fertilizantes e aterros sanitários, os lavadores de gases de PRFV têm aparecido com frequência também nas usinas de álcool e açúcar que reaproveitam o biogás. “A durabilidade do PRFV é superior à das ligas metálicas. Assim, em um ambiente quimicamente complexo como o das usinas, lavadores desse tipo garantem uma relação custo-benefício superior”, completa o diretor da Tecniplas.

Adriana Roma <adriana@haproposito.com.br>