Platina é utilizada em conversores catalíticos para reduzir as emissões prejudiciais dos sistemas de escape dos veículos

Apesar da queda, déficit do mineral deve ser inferior ao índice do ano passado


A procura por platina, utilizada em conversores catalíticos para reduzir as emissões prejudiciais dos sistemas de escape dos veículos, deverá cair 5% (para 7,587 milhões de onças) este ano, depois de ter crescido 26% em 2023.

A informação foi divulgada pelo Conselho Mundial de Investimento em Platina (WPIC), entidade que reúne os maiores produtores mundiais. As informações são da agência de notícias "Reuters".

Segundo a entidade, no primeiro trimestre, a procura de platina pelo setor automotivo chegou a 25,8 milhões de toneladas, o valor mais elevado desde o quarto trimestre de 2017, puxada pelo aumento da produção de veículos e do crescimento no volume de produção de carros híbridos. 

Além disso, a procura pela platina foi impulsionada pelo aumento da utilização de catalisadores trimetálicos ricos em platina, especialmente na América do Norte, onde a procura cresceu 13% em relação ao ano anterior.

Conforme o relatório, a demanda do setor automotivo aumentará 2% devido à menor demanda dos consumidores por veículos elétricos, ao crescimento do número de veículos pesados e híbridos, juntamente com uma legislação de emissões mais rigorosa e à substituição de platina por paládio, que deverá atingir 742 mil onças este ano. 

Menor oferta na África causará maior falta de platina

O relatório da WPIC também apontou que a falta de platina neste ano será mais profunda do que o esperado devido à menor oferta de minas na África do Sul e na Rússia.

Apesar disso, segundo o relatório, o déficit de 14.805 toneladas de platina em 2024 será menor do que as 26.470 mil toneladas de 2023 devido a uma queda de 5% na demanda. Anteriormente, a projeção para 2024 era de escassez de 13 mil toneladas.

“Temos o segundo ano consecutivo de déficit, que será igual a 6% da procura total em 2024”, disse Edward Sterck, do WPIC. “O foco está na oferta, que foi a segunda mais baixa em nossa série no primeiro trimestre, com o ano inteiro também previsto para estar próximo de 2020.”

Segundo o relatório, a reestruturação já anunciada e o ritmo mais lento da produção do que o anteriormente esperado, face aos baixos preços do paládio e do ródio, reduzirão a produção das minas sul-africanas em 2% este ano.

Já a oferta da Rússia, que ainda enfrenta as sanções econômicas, cairá 9%, para o nível mais baixo de várias décadas.

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