Vallourec inicia as operações da nova planta industrial para produção de carvão vegetal

Tecnologia de carbonização contínua, criada e patenteada pela empresa, contribui para a redução das emissões globais de gases de efeito estufa


A Vallourec iniciou as operações, na sua unidade Florestal, em Pompéu (MG), da nova planta industrial para produção de carvão vegetal - oriundo das suas florestas renováveis de eucalipto - com tecnologia Carboval. O processo reduz o ciclo de transformação da matéria-prima de 16 dias para 16 horas, sem liberação de metano e com aproveitamento de cerca de 95% da energia contida na madeira.

O primeiro reator Carboval já havia sido implementado com sucesso na unidade Florestal da Vallourec, em Paraopeba (MG). Em junho deste ano, estão sendo inaugurados três novos reatores com um investimento na ordem de R$ 90 milhões. 

“A Carboval é uma tecnologia de carbonização contínua exclusiva e patenteada pela Vallourec. Ela tem grande potencial para revolucionar o setor de energia, contribuindo com os desafios de redução das emissões de gases de efeito estufa do Grupo”, afirma Bertrand Frischmann, diretor de Operações das Américas da Vallourec.

Essa tecnologia inovadora carboniza a madeira por meio de um reator vertical que a transforma em carvão vegetal. Um reator Carboval substitui sete fornos de alvenaria, tornando o processo mais automatizado, seguro e sustentável. Além disso, a Carboval permite o aumento de produtividade. Em apenas 16 horas, cada reator é capaz de produzir até 22 toneladas de carvão vegetal, com qualidade muito superior quando comparado com fornos retangulares convencionais. Por exemplo, o teor de carbono fixo, que serve de fonte de energia para as reações químicas, pode chegar a níveis de 85%. Como fonte de carbono renovável e substituto ao petcoke, o potencial da Carboval vai muito além de seu uso em altos-fornos, incluindo aplicações na pelotização, sinterização e aciaria.

“Os fornos de alvenaria chegaram ao limite tecnológico e de sustentabilidade. A Carboval utiliza, de maneira mais inteligente, a energia presente em cada árvore. ?Além da vantagem da tecnologia permitir utilizar todos os coprodutos da carbonização, há a alternativa de uso desses elementos para a cogeração de energia elétrica. Se forem acoplados a uma termoelétrica, dez reatores Carboval podem gerar energia elétrica capaz de abastecer cerca de duas mil residências e produzir um carvão com as especificações técnicas ideais para a siderurgia”, explica André Dezanet, Gerente Geral da unidade Florestal da Vallourec.

Novos mercados

Resultante do processo da carbonização, a produção da Carboval também gera o bio-óleo, utilizado principalmente nas indústrias de combustíveis, química e alimentícia; e o extrato pirolenhoso, usado na indústria agrícola como herbicida orgânico e para condicionamento do solo. “Atenderemos à demanda crescente por esses produtos, em um mercado em transformação, que busca alternativas sustentáveis para substituição de elementos de origem fóssil na trilha das reduções dos gases de efeito estufa”, afirma André Dezanet.

 

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Izabela Ventura

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Fabiane Moreira 

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