Cabos de aço cumprem o papel de proporcionar segurança às diversas operações nas quais são utilizados
Intelligenzia -
É preciso esclarecer que quando falamos de aumentar a vida útil, não significa estender sua utilização para além das margens de segurança dentro das
por Sérgio Castanheira, Gerente de Produção da Acro Cabos
Em suas diversas aplicações, os cabos de aço cumprem o papel de proporcionar segurança às diversas operações nas quais são utilizados. Projetados para suportarem cargas elevadas, sua durabilidade e manutenção correta representam uma forma efetiva de reduzir o risco de acidentes. Mas seria possível aumentar a sua vida útil?
É preciso esclarecer que quando falamos de aumentar a vida útil, não significa estender sua utilização para além das margens de segurança dentro das quais foi projetado, é, na verdade, uma forma de garantir sua máxima eficiência ao não encurtar seu tempo de utilidade. Isso porque, seja qual for a aplicação, não existe um tempo exato de duração, que pode variar em muitos anos. Podemos citar alguns exemplos.
Cabos de aço para elevadores duram em média 15 anos, mas diversos fatores podem reduzir esse tempo para sete ou mesmo cinco anos. Em máquinas industriais, a média é de dez anos. Já no caso daqueles utilizados na rede de transmissão elétrica, a duração varia de 20 a 25 anos.
Os fatores que determinam a vida útil de um cabo dependem, portanto, da qualidade de fabricação, dos cuidados e condições de sua utilização (como carga, manejo e frequência de uso) e da manutenção adequada, que deve seguir sempre o que determina a norma técnica e as recomendações do fabricante.
Dentro desse cenário, algumas ações podem ser tomadas para garantir o máximo aproveitamento do equipamento sem comprometer a segurança. O cuidado com o manuseio e a aplicação correta, dentro das especificações, são duas coisas fundamentais. É preciso ter certeza de que o cabo esteja suportando a carga certa para a qual foi projetado, enquanto no uso e armazenamento, pode ser necessário ter atenção com a exposição ao calor e à umidade.
A manutenção, porém, é o ponto mais importante. Dependendo da forma de utilização, a limpeza e a lubrificação precisam ser programadas com a regularidade correta. Em muitos casos, é preciso fazer o monitoramento da tensão para averiguar se não está excedendo as especificações e gerando sobrecarga.
Por fim, o monitoramento preventivo garante a integridade e as condições de preservação do cabo. Neste caso podem ser feitas inspeções visuais e eletromagnéticas.
Na inspeção visual, um técnico capacitado analisa toda a extensão em busca de anomalias como deformações, oxidação, elevações, afundamentos, dobras, folgas na tenção, entre outras alterações. É um trabalho que precisa ser realizado de maneira minuciosa para que qualquer sinal de desgaste ou irregularidade seja verificado.
A inspeção eletromagnética permite uma análise muito mais ágil, detalhada e profunda. A tecnologia aplicada nesse método pode identificar o estado de preservação ou desgaste do cabo de aço, não apenas na sua superfície, também internamente, sendo mais completa do que a visual.
Nesse tipo de inspeção, um aparelho envolve o cabo e percorre toda a sua extensão emitindo sinais cujas eventuais oscilações representam anomalias diversas. Por ser um sistema automatizado, consegue realizar a análise com mais rapidez e precisão, indicando os pontos de atenção e permitindo um laudo sobre as condições gerais do cabo.
Esse conjunto de ações é a melhor forma de preservar as condições de um cabo de aço, isso permite o aproveitamento máximo de sua vida útil dentro dos padrões de segurança.
Allan Costa <allan.costa@intelligenzia.com.br