O CEO da Renault, Luca De Meo, afirmou que o prazo estipulado pela Europa para eletrificação de sua frota de veículos novos é "algo muito complicado", colocando em dúvida a ideia de que a região terá uma frota formada por esses modelos em 2035.

"Precisamos de um pouco mais de flexibilidade no cronograma. Contudo, não devemos aproveitar o atual abrandamento do mercado para abandonar completamente o objetivo. Isto seria um grave erro estratégico", disse o executivo à publicação francesa Les Echos.

O setor automotivo tem enfrentado vários desafios na região, como incerteza regulatória e concorrência das montadoras locais com as de origem chinesa, que têm apresentado uma oferta mais barata na comparação com as marcas europeias.

"A indústria europeia investiu dezenas de milhares de milhões de euros nesta transição. Vamos jogá-los pela janela? Não. O poder político não pode mudar de ideias numa altura em que todos os nossos esforços se concretizam com a chegada de novos modelos ao mercado", completou De Meo.

"Passar de 10% de participação de mercado de veículos elétricos para 100%, em doze anos, é realmente muito complicado. Não somos os únicos a dizer isso", finalizou.