Bruno de Oliveira

A Horse aumentou sua aposta no país. A fabricante de motores controlada pelo Grupo Renault e pela Geely, e que mantém produção em São José dos Pinhais (PR), investirá R$ 200 milhões na unidade para realizar a fundição do cabeçote dos motores 1.0 e 1.3 turbo que já são fabricados ali.

O HR10, 1.0 flex de três cilindros e 125 cv que equipa, por exemplo, o Renault Kardian, é produzido na fábrica paranaense desde janeiro. Já o HR13 (Renault Duster e Oroch), de 170 cv, começará a ser fabricado a partir de novembro. Até então, os cabeçotes fundidos vinham importados da Espanha.

Este é o segundo anúncio de investimento na unidade. Em novembro do ano passado, a empresa havia anunciado R$ 100 milhões na unidade para produzir o motor HR13, totalizando, portanto, R$ 300 milhões injetados na unidades em pouco mais de um ano na fábrica desde que passou a ostentar a marca Horse.

Mas quem esperava que a empresa anunciaria a produção do motor do futuro modelo híbrido flex da Renault, confirmado no ano passado pela montadora, vai ter que esperar. Ainda que por força de contrato seja uma fornecedora exclusiva de propulsores da Renault, a empresa se nega a comentar a quantas anda o desenvolvimento local do conjunto bicombustível.

"Não podemos comentar agora, mas é algo que faz sentido para nós e para a Renault. Quando o mercado pedir, estaremos prontos", disse Wesley Palma, diretor de operações da fabricante no país.

Horse já produz motores para veículos híbridos

Motores híbridos já fazem parte da oferta da fabricante na Europa. O motor HR12, produzido na Romêmia e que equipa o SUV Dacia Duster, pode ser aplicado em modelos híbridos, segundo a fabricante. Ele é considerado um dos mais modernos da sua gama de motores de combustão em termos de eficiência.

Por ora, a empresa se debruça na expansão dos seus negócios no Brasil para além das demandas da Renault. Um exemplo disso é o fornecimento de um conjunto híbrido flex desenvolvido em parceria com a WEG para equipar chassi de ônibus urbano da Marcopolo.