Sistema da Schneider Electric proporciona agilidade operacional, facilitando a transição do conceito para a aplicação industrial

Empresas estão impulsionando a inovação e promovendo a circularidade na indústria por meio de sistema de automação definido por software


Schneider Electricempresa mais sustentável do mundo e líder global na transformação digital da gestão de energia e automação, anuncia uma parceria com a GR3N, startup de reciclagem química de Polietileno Tereftalato (PET), para criar o primeiro sistema aberto de automação voltado à reciclagem avançada de plásticos.

Com 50% dos resíduos plásticos globais destinados a aterros e apenas 9% reciclados, a GR3N desenvolveu o MADE, uma solução de despolimerização assistida por micro-ondas que decompõe o PET em blocos químicos fundamentais. Esses blocos podem ser reconstituídos para produção de novos pellets de PET com qualidade de material virgem voltados a embalagens e têxteis, promovendo a circularidade de plásticos de difícil reciclagem. A tecnologia, baseada em hidrólise alcalina, lida com uma quantidade maior de impurezas na comparação com as soluções já existentes.

Em março de 2024, a GR3N apresentou com sucesso o MADE juntamente com a tecnologia de automação aberta da Schneider Electric, o EcoStruxure Automation Expert, em sua planta de demonstração na Itália. Esta instalação foi projetada para prever o uso das tecnologias que serão aplicadas na primeira planta industrial, estimada para ser construída na Espanha com capacidade para processar mais de 40 mil toneladas anuais de resíduos de PET.

A modularidade do processo de reciclagem da GR3N fez com que a planta MADE se tornasse a primeira a utilizar o sistema de automação compartilhada gerenciado pela Universal Automation e baseado no padrão IEC 61499.

sistema de automação definido por software dissocia o hardware do programa, permitindo que dispositivos de diferentes fabricantes se conectem sem restrições, além de funcionar como a espinha dorsal digital das operações industriais da planta, possibilitando decisões mais eficientes, e facilitar a integração entre Tecnologia Operacional (OT) e Tecnologia da Informação (TI), viabilizando o uso de funcionalidades avançadas para gestão operacional e análise de dados.

"A automação definida por software e a independência de hardware nos propiciaram mitigar riscos operacionais e expandir os limites da nossa tecnologia", afirma Fabio Silvestri, chefe de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da GR3N. "Reconfiguramos nossos sistemas rapidamente, melhorando a eficiência e evitando problemas na cadeia de suprimentos graças à flexibilidade do hardware."

A flexibilidade e a modularidade do EcoStruxure Automation Expert asseguraram à GR3N escalar sua planta de demonstração e replicar o sucesso em novos locais, ocasionando benefícios como:

  • Escalabilidade industrial: reduz o risco de investimento e protege a propriedade intelectual da GR3N como licenciadora de processos;
  • Flexibilidade de design: a independência de fornecedores e hardware possibilita o desenvolvimento das melhores soluções sem interrupções na cadeia de suprimentos;
  • Diminuição do tempo de engenharia e comercialização: o design modular reduz erros de desenvolvimento em 40%;
  • Simplificação de controle: a independência de fornecedores permite um controle flexível, seja distribuído ou centralizado;
  • Novas oportunidades: a integração OT/TI proporciona maior eficiência e otimização ao longo da cadeia de valor por meio do uso de análise de dados avançada;
  • Redução de custos: espera-se que essa abordagem diminua os custos de engenharia em 30%;
  • Atração de novos talentos: o sistema, similar ao utilizado em TI, atrai uma nova geração de profissionais.

Com a demanda global por plásticos projetada para triplicar até 2060, e o volume de plásticos nos oceanos superando o de peixes, atender a essa demanda enquanto se combate a poluição e se avança rumo ao net zero até 2050 exige uma transformação profunda no consumo de materiais.

A parceria entre GR3N e Schneider Electric, iniciada com a assinatura de um Memorando de Entendimento, permitirá que a startup expanda suas operações para novos locais rapidamente. A expectativa é que a solução atinja escala industrial até 2027 com a construção de uma planta capaz de processar 35-40 kt/ano, abrangendo pré-tratamento, despolimerização e repolimerização.

"Todos os anos, são produzidas cerca de 460 milhões de toneladas de plástico, das quais aproximadamente 70% são mal geridas ou enviadas a aterros", afirma Christophe de Maistre, presidente de Energia & Químicos, Automação Industrial da Schneider Electric.

"Para combater o desperdício de plástico, precisamos de uma integração completa ao longo do ciclo de vida do produto, modularização para otimizar processos e soluções de automação que ofereçam escalabilidade, eliminem silos e possibilitem o uso de análise avançada. O projeto com a GR3N reflete todos esses princípios, promovendo flexibilidade, escalabilidade e eficiência para que a reciclagem de plásticos avance em escala industrial", acrescenta Maistre.

Gustavo Fritz (gustavo.fritz@rpmacomunicacao.com.br)    

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