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BMW confirma investimento de mais R$ 1,1 bilhão no Brasil

Maru Escobedo, CEO do Grupo BMW na região, já havia sinalizado à reportagem da AB em abril que o aporte seria anunciado neste ano.


Vitor Matsubara

A BMW confirmou um investimento de mais R$ 1,1 bilhão no Brasil. Os recursos serão aplicado no período de 2025 a 2028 na planta de Araquari (SC), que completa 10 anos de operações e onde atualmente são feitos modelos como Série 3 e X1.

Maru Escobedo, CEO do Grupo BMW na região, já havia sinalizado à reportagem da AB em abril que o aporte seria anunciado neste ano.

Milan Nedeljkovic, membro do conselho administrativo e diretor global de produção do BMW Group, veio ao país para participar do anúncio. realizado na sexta-feira, 4, e elogiou a versatilidade da fábrica catarinense.

"Araquari é uma planta bastante flexível que permite fabricar vários modelos, tanto é que é a única fábrica do mundo capaz de produzir veículos a gasolina, flex e híbridos. Hoje, a fábrica é responsável pela produção de quase 70% dos modelos vendidos pela BMW no Brasil", afirmou.

Híbrido flex e elétrico (ainda) fora dos planos

O novo investimento será concentrado nas tecnologias de motorização flex, gasolina e híbrida plug-in.

Por enquanto, a BMW afirmou que não pretende investir em um possível modelo híbrido flex.

"Não há planos de combinar a tecnologia híbrida ao etanol neste momento, mas isso não significa que isso não possa ocorrer no futuro", afirmou Milan.

O diretor global de produção também descartou a eventual nacionalização de um modelo elétrico.

"No momento não há planos de fabricar carros elétricos no Brasil, mas é claro que estamos atentos às tendências e à evolução do mercado no país", disse.

Aportes em sequência

Este é o segundo investimento realizado pela BMW no Brasil em três anos. Em 2021, a montadora injetou R$ 500 milhões no complexo brasileiro, que resultou na produção de novos modelos, como a geração mais recente do X1.

Outro modelo que começa a ser fabricado em breve é o X5 híbrido plug-in, que, nas palavras de Milan, "será o carro mais moderno fabricado na América do Sul".

A CEO Maru Escobedo justificou a escolha pela nacionalização do SUV.

"Nós olhamos para os segmentos onde nossos clientes estão olhando. Nos últimos anos, o X5 esteve entre os três modelos mais vendidos no Brasil, então fazia muito sentido para nós investir na produção local e trazer a tecnologia híbrida plug-in para cá", afirmou.

Meta é manter liderança do segmento premium

A confirmação do novo aporte surge dois meses antes do fim do ciclo anunciado quase três anos atrás.

Com esse novo montante, a BMW espera manter a liderança de vendas no segmento de luxo, posto que ocupa há seis anos consecutivos.

"Nosso êxito é resultado de um trabalho coletivo e tenho muito orgulho de estar à frente dessa operação", disse Maru.

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