A lei do Combustível do Futuro alavanca o mercado bilionário de captura e armazenamento de carbono no solo
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Estudos mostram que considerando-se o nível atual de atividade econômica, o Brasil tem potencial de captura de carbono em torno de 200 milhões de toneladas
Sancionado pela Presidência da República nesta terça-feira (08/10) em evento realizado em Brasília, a lei do Combustível do Futuro vai alavancar o mercado bilionário de captura e armazenamento de carbono no solo (CCS, na sigla em inglês), especialmente para as usinas de etanol. Estudos mostram que considerando-se o nível atual de atividade econômica, o Brasil tem potencial de captura de carbono em torno de 200 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano.
Neste sentido, o mercado brasileiro de CCS tem perspectiva de movimentar entre R$ 14 e R$ 20 bilhões anuais, com participação significativa do setor de etanol, indicam estimativas da CCS Brasil, uma das entidades organizadoras do Carbonless Summit, que acontece nos dias 04 e 05 de novembro na capital paulista. Já o mercado mundial de CCS deve movimentar US$ 3,54 bilhões em 2024, com estimativa de atingir US$ 14,51 bilhões em 2032.
A atividade de CCS no setor de etanol pode resultar em ganhos financeiros para as usinas tanto por meio da geração e comercialização de créditos de carbono como também pela certificação do biocombustível como "zero emissor" ou "emissor negativo". Durante a cerimônia, esse aspecto foi lembrado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), que já confirmou presença no Carbonless Summit.
"Vamos produzir um biocombustível que terá pegada negativa de carbono" destacou Jardim, que foi o relator do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados e teve desempenho elogiado por diversos participantes do evento. A pegada negativa de CO2 para o etanol foi endossada pelo ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.