Equinor recebe tubos de aço que serão utilizados nos mais de 200 quilômetros de gasoduto
Revista Fator Brasil -
Estrutura conectará o FPSO, na Bacia de Campos, ao terminal de Cabiúnas, em Macaé. O contrato entre Equinor e Tenaris é de aproximadamente R$ 2 bilhões.
A Equinor, multinacional de energia norueguesa no Brasil há mais de 20 anos, em nome do consórcio do Projeto Raia em parceria com a Repsol Sinopec Brasil e Petrobras, recebeu da Tenaris, no dia 28 de novembro (quinta-feira), os tubos de aço que serão utilizados nos mais de 200 quilômetros do gasoduto do projeto, localizado na Bacia de Campos. Em cerimônia realizada na fábrica da Tenaris em Pindamonhangaba (SP), autoridades e representantes das companhias celebraram o avanço do projeto que pode criar até 50 mil empregos diretos e indiretos ao longo de seu ciclo de vida útil. O contrato entre Equinor e Tenaris é de aproximadamente R$ 2 bilhões.
—Para nós, gerar valor local é contribuir, por meio de nossos negócios e iniciativas, para o desenvolvimento da sociedade. Fico extremamente satisfeita em dizer que estamos desenvolvendo o Gasoduto Raia com 99% do aço produzido por uma cadeia de suprimentos brasileira—declara Veronica Coelho, presidente da Equinor Brasil.
Com decisão final de investimentos de cerca de US$ 9 bilhões tomada em maio de 2023, o Projeto Raia conta com reservas recuperáveis superiores a 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe), entre gás natural e óleo/condensado. Raia, com início operacional previsto para 2028, tem o potencial de fornecer até 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, suprindo cerca de 15% da demanda de gás natural do país. O projeto é, hoje, um dos mais relevantes para aumentar a oferta de gás no país.
—Além de gerar até 50 mil empregos diretos e indiretos ao longo de seu ciclo de vida útil, Raia é sinônimo de inovação. Desenvolvemos um conceito inovador para o projeto, além de contarmos com um FPSO de última geração que, por meio de tecnologias inovadoras no país, nos fará alcançar uma intensidade de emissão de seis quilos de CO2 por barril de óleo equivalente, menos da metade da intensidade da indústria —afirma Thiago Penna, diretor do Projeto Raia da Equinor Brasil.
Operando em profundidades de lâmina d’água de até 2.900 metros, o escopo do gasoduto incluiu tubos com revestimento interno, para aumentar a eficiência do fluxo de gás, proteção anticorrosiva externa em tripla camada e revestimento de concreto para garantir flutuabilidade negativa e fornecer proteção mecânica. Além disso, os tubos para a seção mais profunda também foram fabricados com novas tecnologias para garantir uma resistência aprimorada ao colapso.
Pela primeira vez no Brasil, gás será especificado para comercialização no Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (em inglês Floating Production Storage and Offloading, FPSO) e entregue diretamente ao sistema de transmissão, sem a necessidade de processamento em terra. O gasoduto de escoamento, que começa a tomar forma com a entrega realizada nesta quinta, conectará o FPSO à instalação de recebimento de gás, em Cabiúnas, Macaé. De lá, o gás de Raia seguirá para uma rede de transmissão de gás doméstico para o consumidor final.
Além do gasoduto, o projeto está apoiando a indústria local também com o desenvolvimento de engenharia e construção de parte do FPSO Raia. Em adição a São Paulo, Raia também conta com entregas de equipamentos e construções nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
O Projeto Raia é operado pela Equinor (35%), em parceria com a Repsol Sinopec Brasil (35%) e a Petrobras (30%).
Equinor — A Equinor é uma empresa internacional de energia comprometida com a criação de valor a longo prazo em um futuro de baixo carbono. No Brasil, área estratégica internacionalmente para a companhia, o portfólio crescente conta com ativos em óleo e gás (O&G) e energias renováveis. Em O&G, a companhia tem projetos em desenvolvimento, incluindo Raia e Bacalhau, e ativos em produção, como Peregrino e Roncador. Em renováveis, a empresa conta com ativos em energia solar em operação — as plantas solares Apodi e Mendubim, além de ter adquirido em 2023 a Rio Energy, empresa líder em energia renovável onshore no país.