Consumo de produtos de alumínio apresenta forte crescimento de 12,1% entre janeiro e setembro de 2024

Demanda dos principais mercados consumidores impulsionou o volume para 1,225 milhão de toneladas no período, consolidando o quarto trimestre consecutivo


O consumo de produtos de alumínio apresentou forte crescimento de 12,1% entre janeiro e setembro de 2024, de acordo com levantamento exclusivo da ABAL – Associação Brasileira do Alumínio. O volume registrado no período foi de 1.225,1 milhão de toneladas, frente a 1.092,6 milhão de toneladas nos mesmos meses do ano anterior. O número marca o quarto trimestre consecutivo de crescimento.

De julho a setembro de 2024, o consumo doméstico de alumínio foi de 437,9 mil toneladas. No mesmo período, em 2023, o volume registrado foi de 377,9 mil toneladas.

Segundo o levantamento, os principais segmentos consumidores – de embalagens, transportes, eletricidade, construção civil e bens de consumo - registraram alta na comparação com os primeiros nove meses do ano passado e impulsionaram o consumo de alumínio no país em 2024.

•            Eletricidade – O segmento registrou um crescimento de 16,6% no período, impulsionado pelo aumento da demanda por cabos elétricos, devido à expansão da distribuição de energia e à expectativa de grandes investimentos em novas linhas de transmissão. O alumínio se destaca como material preferido para fios e cabos elétricos graças à sua alta condutividade e menor peso em comparação a outros metais, como o cobre.

•            Construção civil – O setor registrou um aumento de 14,9% na demanda, impulsionado pela maior concessão de crédito para o mercado habitacional e pela retomada de projetos imobiliários financiados pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Além disso, a busca por construções mais sustentáveis e eficientes tem favorecido o uso do alumínio em fachadas, esquadrias e sistemas de ventilação, devido às suas propriedades de durabilidade e leveza.

•            Embalagens – O segmento registrou um crescimento de 11,7%, acompanhando o aquecimento da economia doméstica nos primeiros nove meses do ano. A recuperação do mercado de trabalho e o alívio inflacionário, especialmente nos preços de alimentos e bebidas, contribuíram para a melhora dos indicadores do setor.

•            Bens de consumo – O setor apresentou crescimento de 10,3%, impulsionado pela recuperação da produção doméstica de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, como refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado, favorecida pelas condições climáticas. Outro fator relevante foi a antecipação da produção na Zona Franca de Manaus, onde os fabricantes ajustaram suas operações ao longo do ano para mitigar os riscos de interrupções causadas por secas em rotas de navegação de cabotagem.

•            Transportes – O setor apresentou uma expansão de 9,4%, impulsionada pela forte produção de caminhões, carrocerias de ônibus e implementos rodoviários, atendendo à crescente demanda do mercado.

•            Máquinas/equipamentos – O segmento registrou alta de 12,1%, decorrente da antecipação de estoques e da formação de demanda, refletindo a preparação do mercado para atender às necessidades crescentes de diversos setores.

“O crescimento do índice de consumo doméstico de alumínio no país por quatro trimestres consecutivos confirma o viés de retomada do setor. Projetamos cautelosamente um fechamento de 2024 positivo após dois anos de um ciclo de queda moderada para a nossa indústria”, avalia Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.

Segundo Donas, a expectativa positiva se baseia no cenário macroeconômico doméstico: “A evolução da taxa de investimentos no mercado interno, a recuperação do mercado de trabalho e dos níveis de geração de renda, na melhoria do ambiente de crédito, além do aumento dos indicadores de confiança dos agentes da indústria em geral provoca confiança neste sentido”, finaliza.

Gabriel Rigoni (gabriel.rigoni@gbr.com.br)    

 

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