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ZF está pronta para produzir importantes tecnologias de segurança veicular no Brasil

Empresa investe em capacitação para atender clientes enquanto não fabrica tecnologia no país


Vitor Matsubara

ZF está pronta para produzir importantes tecnologias de segurança veicular no Brasil. Uma delas é o pacote assistências à condução, também conhecido pela sigla ADAS.

A empresa diz que só não o faz pela relação desigual entre investimento elevado e volume de mercado, já que os recursos de segurança ainda não são mandatórios por lei e, portanto, ainda não são tão procurados pelas montadoras.

"Quando você compara o investimento que precisa ser feito e o volume necessário, a gente esbarra nisso", diz Silvio Furtado, vice-presidente de soluções para veículos comerciais e tecnologia industrial da ZF América do Sul.

Empresa acredita que obrigatoriedade virá em 2026

No caso do ADAS, a estimativa da ZF é de uma penetração de mercado atual de 5% a 10%. Esse patamar pode mudar radicalmente quando esses itens se tornarem obrigatórios, com a empresa estimando uma participação de até 70% no segmento de caminhões. 

Silvio acredita que os itens de segurança devem se tornar obrigatórios em 2026 para novos projetos e em 2028 para todos os veículos fabricados e vendidos no país. Por ora, houve apenas uma consulta pública realizada em 2022, sem avanços significativos desde então.

Enquanto isso não acontece, a alternativa encontrada pela ZF é oferecer assistência qualificada para os clientes.

"Nosso objetivo, por enquanto, é capacitar o time para dar todo o suporte necessário, mas ainda não conseguimos localizar por conta do (baixo) volume", explica.

ADAS identifica pedestres e objetos na estrada

A conversa com Automotive Business e outros veículos especializados aconteceu durante a 24ª edição da Fenatran, que se encerra nesta sexta-feira, 8, em São Paulo (SP).

Na mostra, a ZF exibe o OnGuardMAX 2, solução de ADAS para veículos pesados que usa câmeras e sensores para detectar a presença de pedestres, animais ou pessoas no meio da estrada.

Caso o motorista não tome nenhuma atitude, o sistema aciona a frenagem autônoma de emergência para evitar acidentes. O pacote de assistências à condução ainda tem itens como alerta de saída de faixa de rolamento e controle de cruzeiro adaptativo.

Empresa exibe motores elétricos para leves e pesados

De olho na eletrificação das frotas pelo mundo, a ZF trouxe duas opções de motores elétricos para caminhões.

O AxTrax 2 Dual é um eixo elétrico com aplicações em caminhões e ônibus médios e pesados, além de veículos fora de estrada. Com potência máxima de até 450 kW, ele tem motores síncronos de ímã permanente e tecnologia de transmissão de três marchas.

Além disso, ele conta com inversores de carboneto de silício (SiC), que são mais compactos e leves, e atuadores elétricos (Powershift) que permitem trocas de marchas precisas e sem interrupção de torque. Não há cabos de alta tensão entre motor e inversor, tornando o sistema mais simples e seguro.

O produto pode atender a um peso bruto total de até 44 toneladas.

Já o CeTrax Lite foi desenvolvido para veículos leves, como caminhões, vans e microônibus. Este acionamento também possui o conceito all-in-one, que elimina cabos de alta tensão entre motor e inversor.

Com potência máxima de 150 kW e torque de saída de até 1.400 Nm, o CeTrax Lite suporta um peso bruto total de até 7,5 toneladas. A ZF afirma que o sistema foi projetado para fácil integração com eixos e chassis convencionais, tornando-se uma opção à transição para a eletrificação. Além disso, o CeTrax Lite é compatível com o pacote de assistências à condução (ADAS).

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