Publicidade

Número de setores industriais sem confiança atingiu o maior patamar em mais de quatro anos e meio

Pessimismo atinge quatro das cinco regiões do país e empresas de todos os portes


O número de setores industriais sem confiança atingiu o maior patamar em mais de quatro anos e meio, revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial, divulgado nesta quarta-feira (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No primeiro mês do ano, o ICEI caiu em 24 dos 29 segmentos industriais. O movimento foi suficiente para que a quantidade de setores pessimistas passasse de 17, em dezembro, para 23, em janeiro. É o maior número de segmentos sem confiança desde junho de 2020.

Para Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, o pessimismo generalizado entre os setores industriais preocupa.

“Quando a falta de confiança é disseminada, a indústria fica mais cautelosa como um todo. Na indústria, existe muito encadeamento entre os setores. Por isso, a falta de confiança em um setor afeta a confiança e, assim, as decisões de outro. Numa situação de falta de confiança ampla, não existem setores que se destacam e que, eventualmente, poderiam sustentar não só a própria atividade, mas de outros setores de sua cadeia produtiva”, avalia.

Segundo a pesquisa, o ICEI aumentou em cinco setores. No entanto, apenas o de produtos diversos migrou de falta de confiança, em dezembro, para confiança, em janeiro.

Confiança recua em todas as regiões do país

O levantamento mostra que a confiança caiu entre os empresários de todas as regiões do país. O maior recuo se deu no Norte (- 3,3 pontos). Em seguida, vêm Centro-Oeste (- 2,9 pontos), Sul (- 2,1 pontos), Sudeste (- 1,7 ponto) e Nordeste (- 0,5 ponto).

Com a queda, as indústrias do Norte e Centro-Oeste migraram de confiança para falta de confiança, se reunindo às empresas do Sudeste e Sul, que já estavam nessa situação. Apenas os empresários industriais do Nordeste seguem otimistas.

Grandes empresas deixam de mostrar confiança

O ICEI caiu entre as empresas de todos os portes. Nas de pequeno porte, diminuiu 2,8 pontos; nas de médio, 1,6 ponto; e nas de grande, 1,4 ponto. Com a queda, as grandes indústrias passaram de um estado de confiança para um estado de neutralidade, onde não há confiança, nem falta de confiança. As pequenas e médias empresas permanecem com falta de confiança.

Amostra

Para esta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.812 empresas: 722 de pequeno porte; 661 de médio porte; e 429 de grande porte, entre 7 e 17 de janeiro de 2025.

Jornalismo - CNI (imprensa@cni.com.br)    

Publicidade