O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou que o segmento industrial buscará cada vez mais uma atuação conjunta com o Poder Legislativo em prol da aprovação de projetos importantes para a indústria e para o desenvolvimento nacional. A declaração foi feita durante a abertura do Seminário de Construção da Agenda Legislativa da Indústria, na manhã desta terça-feira (4) na sede da CNI.

“O Congresso Nacional é fundamental. O processo de convergência é contínuo e temos que fazer a nossa parte. A CNI fará isso de forma incansável sem nenhuma posição política e partidária, como tem de ser. Não há desenvolvimento sustentável sem crescimento econômico”, pontuou Alban.

Em 2025, a Agenda Legislativa da Indústria completa 30 anos. A publicação, que se consolidou como um marco importante na história da representação empresarial, é resultado do trabalho e da dedicação das 27 federações estaduais da indústria, de mais de associações setoriais, além de sindicatos nacionais da indústria. A Agenda vai ser lançada no dia 25 de março, em sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados.

O presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI, Paulo Afonso Ferreira, destacou que a relação da CNI com o Congresso Nacional vem evoluindo a cada ano. Para ele, a Agenda Legislativa tem se tornado ferramenta indispensável para informar e mobilizar parlamentares em relação aos temas mais importantes para o segmento no Legislativo. “A gente está avançando muito nessa relação de integração, buscando um resultado positivo para a indústria e para o Brasil”, disse.

O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, alertou, por sua vez, que o processo de construção da agenda envolve um minucioso trabalho da equipe técnica da CNI integrado à toda base industrial. Ele observou que mais de 8 mil projetos legislativos foram analisados e que, ao fim do processo, o documento terá pouco mais de 100 projetos que serão acompanhados de perto pela CNI.

“Precisamos buscar junto às empresas e associações uma atuação sempre conjunta e o melhor posicionamento técnico sobre cada assunto. Este ano teremos muitos desafios”, afirmou Muniz. Ele referiu-se a proposições importantes que devem ser apreciadas pelo Congresso Nacional, como a regulação da reforma tributária, o novo marco para o licenciamento ambiental, a nova lei de Inteligência Artificial, a instituição do sistema brasileiro de crédito à exportação, a modernização do setor elétrico, entre outros projetos.

Temas importantes para 2025

Após a abertura do seminário, foi realizado um debate com seis parlamentares sobre os temas relevantes da pauta do Congresso Nacional em 2025. Estiveram na mesa os senadores Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União-PB) e Laércio Oliveira (PP-SE); e os deputados federais Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), José Guimaraes (PT-CE) e Agnaldo Ribeiro (PP-PB).

Entre os temas debatidos destacaram-se a reforma tributária, reforma da renda, reforma administrativa, lei das concessões, nova lei da inteligência artificial, a nova composição das mesas diretoras e das comissões da Câmara e do Senado, entre outros assuntos de interesse da indústria e do país.

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