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A abertura total do mercado livre de energia para todos os consumidores representa um marco transformador no setor elétrico

Especialista da Evolua Energia analisa as mudanças no setor elétrico e destaca inovações que redefinirão o mercado


A abertura total do mercado livre de energia para todos os consumidores, prevista para 2027, representa um marco transformador no setor elétrico brasileiro. Em 2024, todos os consumidores do Grupo A (alta ou média tensão) já passaram a ter a opção de migrar para essa modalidade, conforme estabelecido pela Portaria MME nº 50/2022. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre já responde por cerca de 37% do consumo nacional de energia elétrica, percentual que segue em crescimento à medida que mais consumidores optam por essa alternativa.

Para Tarcísio Neves, CEO da Evolua Energia, uma das principais empresas líderes em transformação energética no Brasil, essa mudança redefine o papel de companhias e residências na gestão de seus custos e fontes de energia. “A abertura do mercado livre revoluciona a forma como consumidores administram suas escolhas energéticas, permitindo maior autonomia e alinhamento com estratégias sustentáveis”, afirma. “Esse cenário promove soluções personalizadas, o uso de tecnologias avançadas e o fortalecimento do compromisso com práticas ESG”, completa.

Segundo o executivo, a expansão desse modelo também proporcionará mais liberdade para escolher os fornecedores de energia, rompendo com o sistema tradicional de compra regulada. “Aliada ao crescimento da geração distribuída, essa evolução descentraliza a matriz energética e coloca os consumidores no centro das decisões estratégicas”, destaca.

Com base nesse panorama, o CEO da Evolua Energia aponta cinco tendências que devem moldar o mercado de energia para os próximos anos.

1. Fortalecimento das práticas ESG

A transição para fontes limpas e renováveis está alinhada aos critérios de responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG). “A nova dinâmica energética incentivará iniciativas sustentáveis, tornando as empresas mais competitivas e engajadas com a responsabilidade ambiental”, comenta Neves. 

2. Redução de custos e controle energético

A possibilidade de escolher fornecedores e diversificar fontes de energia abre caminho para maior economia. “Empresas e residências podem optar por contratos flexíveis e tarifas mais competitivas, promovendo uma gestão financeira mais eficiente”, analisa.

3. Crescimento de soluções personalizadas

O progresso tecnológico viabiliza opções sob medida para diferentes perfis de consumo. “O mercado livre permitirá a adoção de soluções energéticas adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, potencializando a eficiência operacional”, afirma o executivo.

4. Popularização de contratos flexíveis de energia

A flexibilidade na negociação desponta como uma forte tendência no mercado livre. “Com consumidores em busca de maior autonomia, a oferta de acordos customizáveis crescerá, permitindo ajustes em prazo, volume e fonte de energia. Essa evolução atenderá às demandas dinâmicas do mercado e fortalecerá a competitividade do setor”, destaca o especialista.

5. Inovação e digitalização no gerenciamento de energia

A tecnologia será essencial para o avanço do mercado livre. “Ferramentas digitais e soluções baseadas em inteligência artificial e IoT proporcionarão mais controle, previsibilidade e uma gestão eficiente dos recursos energéticos, viabilizando análises em tempo real do consumo”, conclui o CEO.

Victória Profirio (victoria.profirio@motim.cc)    

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