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Eldorado Brasil Celulose inaugura em parceria com a Valmet a Central de Processamento de Biomassa de Madeira Inservível

Nova estrutura também irá garantir a produção que abastece a Usina Onça Pintada


A Eldorado Brasil Celulose inaugurou, em parceria com a Valmet, a Central de Processamento de Biomassa de Madeira Inservível, uma nova linha de picagem que melhora a qualidade e garante a produção de biomassa para geração de energia renovável. O processo agora é feito por meio de equipamentos que funcionam à base de energia elétrica produzida pela própria fábrica, substituindo o óleo diesel usado até então. A linha utiliza toras de madeira que não foram utilizadas na produção de celulose, reforçando o aproveitamento integral dos resíduos florestais e ampliando a matriz energética da empresa com fontes renováveis.

A construção da nova central de processamento foi um projeto de grande porte, iniciado em 2023 e viabilizado pelo talento, dedicação e comprometimento de um time inovador. A execução envolveu todas as frentes da engenharia industrial, com o suporte de áreas fundamentais como mecânica, automação, elétrica, instrumentação, civil, lubrificação, confiabilidade, administração e serviço gerais, além de áreas estratégicas como sustentabilidade, operação e suprimentos. O resultado é uma estrutura moderna e altamente eficiente, localizada dentro do complexo industrial da Eldorado em Três Lagoas.

Antes da nova instalação, a biomassa era processada nas florestas da companhia, usando equipamentos movidos a diesel. Com a implantação da linha de picagem dentro da fábrica, a operação passou a utilizar energia renovável gerada pela própria Eldorado Brasil, eliminando o uso de combustíveis fósseis. Essa mudança tornou a operação mais eficiente e sustentável, permitindo uma capacidade de produção de até´ 1.500 toneladas de biomassa por dia, considerando 12 horas de picagem efetiva.

POR DENTRO DA NOVA LINHA DE PICAGEM

O processo, que é totalmente automatizado, começa com a chegada de caminhões tri-trem carregados com toras de madeira não aproveitadas na produção de celulose. Uma grua móvel retira a madeira e a deposita na mesa de alimentação, que a conduz por uma correia transportadora equipada com detector de metais até um picador a tambor. O equipamento, acionado por motores elétricos, transforma a madeira em biomassa, que é automaticamente depositada em um caminhão cavaqueiro.

A biomassa segue então para a Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), onde é descarregada e direcionada para a caldeira de força, garantindo o abastecimento da usina e sua conversão em energia renovável. Essa energia gerada na UTOP é integrada à rede elétrica nacional, contribuindo para o fornecimento de eletricidade sustentável em todo o país, conforme demanda do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

De acordo com Marcelo Martins, gerente geral industrial da Eldorado, o megaprojeto permitiu que a companhia aprimorasse a qualidade da biomassa produzida, reduzindo a quantidade de resíduos e a emissão de poeira no processo. – “Essa mudança garante o atendimento às exigências de qualidade da Usina Termelétrica Onça Pintada, reforçando a eficiência e a sustentabilidade da operação. Além disso, ao substituir o diesel por energia renovável, reduzimos também as emissões de carbono e aumentamos a independência energética da empresa", afirma Martins.

A Eldorado Brasil já remove da atmosfera 12 vezes mais gases do que emite e, com essa nova linha de picagem, amplia ainda mais sua contribuição para a redução de CO2, além de possibilitar o aumento da produção e a abertura de novas oportunidades de negócios com a comercialização de uma biomassa de qualidade para outras empresas que utilizam o insumo, fortalecendo o modelo de economia circular.

SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO COMO PARTE DO DNA

Com 96% de sua matriz energética proveniente de fontes renováveis, a empresa segue investindo na diversificação de fontes sustentáveis. Sua eficiência na geração de energia, somada à UTOP, poderia abastecer uma cidade de aproximadamente 1,4 milhão de pessoas.

Em 2024, Eldorado também inaugurou uma mini hidrelétrica, tornando-se a única indústria no mundo a aproveitar efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar eletricidade, destinada ao consumo próprio no prédio administrativo do complexo industrial, e agora, com o novo picador, amplia sua produção de biomassa, consolidando mais uma vez sua matriz energética sustentável.

"Nosso foco vai além da eficiência operacional; buscamos alinhar cada etapa do processo produtivo aos princípios ESG. A nova linha de picagem reforça nosso diferencial competitivo ao adotar soluções inovadoras e sustentáveis, gerando impacto positivo na companhia, na comunidade e na economia local, incluindo a criação de empregos diretos e indiretos para atender essa nova operação”, destaca Fábio de Paula, gerente de sustentabilidade da Eldorado.

Elaine Alves Schwanz (elaine.alves@novapr.com.br)    

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