Boletim divulgado pela ANP mostra estabilidade da produção de petróleo e queda na produção de gás
Assesoria de imprensa -
Dados são referentes a produção do mês de março
A ANP está divulgando o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural com dados detalhados referentes a março de 2020. Neste mês, foram produzidos de 3,739 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 2,973 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 122 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural. O Boletim está disponível na página http://www.anp.gov.br/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural.
A produção de petróleo se manteve praticamente estável, tendo aumentado em 0,1% se comparada com o mês anterior, porém houve um aumento expressivo de 16,1% na comparação com março de 2019. Em relação à produção de gás natural, houve uma redução de 5,6% em relação a fevereiro, porém houve um aumento de 9,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
A queda na produção de gás ocorreu principalmente devido à parada programada da FPSO Angra dos Reis, no campo de Lula, e à menor produção em campos que produzem conforme a demanda, como os da Bacia do Parnaíba cuja produção é destinada ao abastecimento de usina termelétrica.
Pré-sal
A produção no Pré-sal em março teve origem em 117 poços e correspondeu a 66,7% da produção nacional, totalizando 2,493 MMboe/d, sendo 1,986 MMbbl/d de petróleo e 80,6 MMm3/d de gás natural. Em relação ao mês anterior, a produção total diminuiu 0,2% e, em relação a março de 2019, houve um aumento considerável de 28,8%.
Aproveitamento do gás natural
Em fevereiro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,2%. Foram disponibilizados ao mercado 47,9 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 3,398 MMm³/d, uma redução de 6,7% se comparada ao mês anterior e de 42,2% se comparada ao mesmo mês em 2019, revelando que os esforços da ANP e dos operadores para a redução da queima de gás estão sendo efetivos.
Observa-se um aumento significativo na injeção de gás no mês de março. Tal fato deve-se ao incremento de produção do campo de Búzios, que ainda não exporta gás. Adicionalmente, o campo de Lula, mesmo tendo reduzido produção, aumentou injeção. Em relação ao gás natural disponível, a baixa na produção dos campos de gás natural não associado determinou a redução da oferta de gás disponível.
Origem da produção
Neste mês de março, os campos marítimos produziram 96,7% do petróleo e 85,4% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,3% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 43,3% do total.
Destaques
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 877 Mbbl/d de petróleo e 37,9 MMm3/d de gás natural.
A plataforma Petrobras 69, produzindo no campo de Lula por meio de seis poços a ela interligados, produziu 147,883 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação Polo Arara, produzindo nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste de Urucu, por meio de 35 poços, produziu 7,645 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de Gás Natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.077.
Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 64.
Campos de acumulações marginais
Esses campos produziram 53 bbl/d de petróleo e 10 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 59,8 boe/d.
Outras informações
No mês de março de 2020, 298 áreas concedidas, duas áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 34 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 75 são marítimas e 223 terrestres, sendo oito relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 7.143 poços, sendo 629 marítimos e 6.514 terrestres.
O grau API médio foi de 27,7, sendo 3,3% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 86,8% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 9,9% óleo pesado (<22 API).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 101,1 Mboe/d, sendo 81,4 mil bbl/d de petróleo e 3,1 MMm³/d de gás natural. Desse total, 89,2 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 11,9 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 373 boe/d em Alagoas, 3.464 boe/d na Bahia, 39 boe/d no Espírito Santo, 7.819 boe/d no Rio Grande do Norte e 212 boe/d em Sergipe.