Chevrolet aplica 4% de reajuste na linha de automóveis

Direção da empresa atribui aumentos à desvalorização do real e informa que “não há mais espaço para perder dinheiro”


Reajuste também foi aplicado na linha Tracker. Versão 1.0 LT automática passou de R$ 89.900 para R$ 93.490

MÁRIO CURCIO, AB

A General Motors promoveu um reajuste médio de 4% na linha de automóveis Chevrolet. Os novos valores entraram em vigor em 1º de maio. A montadora atribui os aumentos de preço à desvalorização do real, superior a 40% nos últimos 12 meses.

Com os reajustes, o Chevrolet mais acessível, o Joy (Onix “antigo”), passou de R$ 50.150 para R$ 52.150. E o novo SUV Tracker 1.0 Turbo LT automático subiu de R$ 89.900 para R$ 93.490. De acordo com a GM, os aumentos são inevitáveis por causa do conteúdo importado na indústria automobilística, em média de 40%. A montadora também informa que vai repassar os novos custos de forma gradual.

A empresa revela que a rentabilidade passa a ser ainda mais importante para a sustentabilidade dos negócios no Brasil neste momento em que os pontos de venda estão fechados e as fábricas estão paradas por causa da pandemia de Covid-19.

“Não temos espaço para perder dinheiro porque a dívida já é enorme e vai se duplicar. O que vamos ver é que mesmo em uma indústria pequena haverá aumento de preços. As montadoras vão seguir a desvalorização do real”, afirma o presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga.

“Recentemente, já houve aumento de preços que não víamos há muito tempo e veremos mais ainda”, conclui o executivo. A GM está entre as primeiras montadoras a reduzir jornadas e salários para atenuar os efeitos da quarentena provocada pelo coronavírus.

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